AFORISMO 979/ DO SOL DO CREPÚSCULO AO VERSO-UNO DOS DESTINOS INAUDITOS - PROJECTO #OS 22 QUE ANTECEDEM O MILÉSIMO# - GRAÇA FONTIS: FOTOS/Manoel Ferreira Neto/Graça Fontis: AFORISMO




Saracuteando os
Pro-emblemas do nada
Das volúpias e tristezas,
Devaneio das idéias,
Silvo de utopias e vontades,
Projectar a cor-agem de devanear
O agradecimento às ausências e vazios
Que concebo à postura de
Permanecer presente, à mercê da lâmina
De navalha que corta a barba dos tempos,
Dos ventos,
Às re-versas de vazios de silêncio,
O silêncio aportado na Ilha dos Pródigos
Pensantes visionando barcos marolantes
À cata dos destinos inauditos a serem
Sementes plantados no canteiro dos sonhos
No limiar de todas as marolas
Do mar infinitivo e infinito
Dentre todas as efemeridades
Que o ser abrasa
Por intermédio e dentre as contingências
Do ser na vida pré-pró expectativada
Num enredo folk-lórico do
"Deixar-se acontecer..."
Em que o tempo,
Só o tempo,
É sabedor dos mistérios do xeque-mate,
Não há como prevê-los.


Glória
Glória e bem-aventurança para quê?
Palavras que o olhar des-cobre outros gestos,
Pré e pró-blemas do nada seduzido pelas trevas
E brumas
Da passagem da madrugada de criações e imagens
Da almática luz que inebria a solidão
Do beco que leva às fronteiras e fronteiriças
Do além genitivo da exuberância das cores
Que leem os traços do croqui,
Espelhos lúdicos do desenho e sonho
O uni-verso,
Onde balançar no trapézio do nada e vazio
Ritmados e melodiados
Nas perquirições e in-vestigações dos ínterins
De tique-e-taques outros do pêndulo
Do relógio de três ponteiros,
Os dois que marcam os átimos de segundos e minutos
Até à hora entre a luz e a contra-luz,
O terceiro que desliza no espaço
Entre as sombras e os silêncios,
E é o pêndulo do belo em que o cão
Espera os restos de por baixo da mesa,
A mãe alimenta seu filho,
A deslumbrada abraça sua cadela estilosa,
É que a beleza está no simples,
No complicado é fruto da não-observância,
Do olho mágico
Que a tudo com sabedoria e percuciência,
Sensibilidade tira, extrai do mundo o melhor,
O lapidado ativo das quimeras e cores do crepúsculo,
Vir-a-ser do lapidado,
É a humanidade demonstrando a sua existência
No caos circunstancial, vigente, regente
Das trevas-luzes que preambulam sonos e sonhos
Do verbo de sentir os
Prazeres da Vida...


Há-de se balançar a vida!...
Há-de se sacudir a vida!...
Mas a vida deve
Ser vivida...


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