#AFORISMO 631/CRISTALINO PICO DO RADIANTE ALVORECER# - GRAÇA FONTIS: PINTURA(TÍTULO: #ABRAÇO DA EXISTÊNCIA#)//ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Danúbio de sentimentos à luz de re-{n}-[ov]-ações de projetos e ideais
que transcendam e espiritualizem a alma sedenta de felicidades, emoções à mercê
das pectivas do bem e eterno no limiar límpido dos raios do sol, que figuram os
picos de montanhas distantes, presentes além dos abismos das pedras, do efêmero
e passageiro na soleira de sombras e luzes das estrelas que inspiram os
românticos e boêmios a negarem e negligenciarem os orgulhos e vaidades do
historial, histórico, historialidade dos valores sensíveis, das virtudes éticas
e morais à luz da razão que se in-versa para con-templar a verdade que se
mostrará nítida, límpida e plena a partir da trombeta no Apocalipse - no nítido
patamar do pálido crepúsculo, no cristalino pico da radiante aurora, os pensamentos
voltados às compreensões e entendimentos dos sofrimentos e dores da alma, dos
questionamentos e indagações dos enigmas e lendas das origens e princípios do
ser na continuidade do tempo, do olhar à distância, empreender a viagem desde
que possa ver a Vida, possa vislumbrar, alumbrar a semente paradisíaca da
serpente e da sedução, des-lumbrar os mitos da gênese da vida e do mundo, a
verdade divina desde David a Salomão -, que nesse instante faz brilhar o
cimento das calçadas largas, sombras das árvores, transeuntes passando, indo às
compras do sábado, encontrarem com os amigos no restaurante do centro da
cidade, das periferias, descreverem as conquistas da semana, as glórias dos
lucros e satisfações, descrevendo com distinção os benefícios que as tradições
e conservadorismos lhes legaram, os solitários, enquanto andam às voltas com
suas lembranças e recordações de momentos alegres, rogam a Deus a iluminação
para prosseguirem a trajetória solitária, os casais inspirados debulhando o
terço das gentilezas, carinhos, ternuras, prometendo e jurando amor eterno,
diá-logos eivados de compreensão e entendimento, a esperança de amanhã,
domingo, refestelem-se apaixonados e carinhosos à sombra do flamboyant ou do
ipê amarelo, num piquenique, sentados ambos na cadeira de balanço no alpendre,
dialogando sobre os tempos que hão de vir na plen-itude da entrega verdadeira,
no pleno da vivência autêntica, no sublime dos comportamentos, ações e atitudes
dignas e honradas, do sentimento do Uno e Unidade, do Verso e Poiésis, da Chave
de Ouro e Soneto do Uno e Po-{é}-mático, do Verso-Uno profético, no encontro do
espírito pleno de doações, aberto a todos os estilos e linguagens do amor
verdadeiro, da amizade sincera e pura, da razão que busca a in-versão para se
re-velar dentro da estesia das buscas e dos sonhos.
Longínquos olhares faiscantes de volúpia por encontros outros que lhes
manifestem no sorriso gentil a alegria de sentir terno o amor, singela a paz,
sentindo a lírica e a canção das palavras escritas com giz branco na lousa
verde dos desejos, no quadro-negro dos versos da alegria em comunhão com as
tristezas, angústias, vivenciando a estesia das vontades e razão, desejos e
versões, trans-versões dos ideais e utopias transbordando o coração de volos e
belezas dos verbos sob as pers dos temas temporais e in-temporais, mesmo das
temáticas defectivas, os lídimos desejos de outro ser em todas as ad-jacências
e re-ticências do “eu”, do ser outro que se abre à luz da verdade do espírito e
das in-verdades do quotidiano vivenciário e vivencial, à esguelha das
re-pré-[s]-{ent}-ações, por vezes teatrais, cinematográficas, literárias,
poéticas-poiéticas, por vezes reais, verdadeiras e autênticas de quem está
traçando os seus rastros de conhecimento e buscas, o último lídimo re-presentante
da sinceridade, seriedade, integridade, verdade, o último bravo...
Nada há, sei lá se há algo a ser sabido, conhecido, se assim não fosse,
o que seria, se assim fosse, o que não seria? Nas palavras, na vertente
espiritual de ser o que sou perante a vida, este milésimo de segundo que dedico
e homenageio, tributo a travessia da contingência à trans-cendência do que foi
olvidado ao que será inesquecível. Exijo aroma de liberdade, requeiro perfume
de amor e solidariedade, compaixão e entendimento – de quem exijo? Não vou
tecer an-álise percuciente das pré-fundas e profund-idades, pró-fundezas do que
movimenta as idéias e os sentimentos, as imagens e perspectivas da memória,
ângulos e bordas das re-cordações, lembranças, para dizer de mim próprio, das mesmidades
ao longo dos séculos e milênios e projetos do eu, no pré-{s}-ente, passado e
futuro, das pectivas das pers do outro que em mim per-cursa, in-cursa,
de-cursa, imploro não re-viver mais o pó de um vulto, a cinza de um fantasma, a
poeira de uma pers do espelho olhado de esguelha, de uma pectiva do convexo
re-fletida no tempo do olhar, suplico a quebra dessa almusa não possuída e só.
Coração de êxtases e belezas dos verbos,
Aroma de liberdade, perfume de amor e solidariedade,
Sob as pers dos tempos dos temas temporais e intemporais,
O ser outro à luz da verdade do espírito.
Travessia da con-tingência à trans-cendência
Do olvidado ao que será inesquecível
Das pers do outro que em mim per-cursa, in-cursa, de-cursa,
Da pectiva do convexo re-fletida no tempo do olhar.
No nítido patamar do pálido crepúsculo,
No cristalino pico da radiante aurora,
Os pensamentos voltados às compreensões e entendimentos
Dos sofrimentos e dores da alma, do olhar à distância,
empreender a viagem desde que possa ver a Vida,
des-lumbrar os mitos da gênese e do mundo.
(**RIO DE JANEIRO**, 13 DE MARÇO DE 2018)
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