#AFORISMO 649/POESIA? LÍRICA!...# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Sombras,
Brumas,
Escuridão
Neste instante
Da madrugada
Que se inicia,
As idéias distantes,
Nos pensamentos longínquos
Ausências presentes - seria
melancolia,
Seria nostalgia ou mesmo saudades
De algumas circunstâncias,
Perspectivas in-versas de luzes
Não sentidas no âmago
Música ouço, blues,
Para driblar as presentes-ausências,
Não negligência à liberdade colocar
em questão,
Não sou poeta,
Lírico, não conciliando os trigos e
os joios,
Mas pensar a
consciência-estética-ética,
Para tripudiar a continuidade da
madrugada,
O tempo de devaneios, delírios.
Por que mentir
Com a verdade nas mãos,
Com as mãos delineando abismos e ventos,
Burilando sibilos do nada, do
efêmero?
À mercê de ritmos,
Melodias,
Tripudio, driblo o vazio,
In-[versos] de nonadas e travessias,
Intelectualizo os desejos, sonhos,
esperanças,
{Re}-versando ins-pirações e
a-nunciações,
A lírica é pura espiritualidade,
re-vestida
De angústias, desesperos, perdições,
Fugas, medos, hesitações,
incapacidades,
Não sou poeta,
Lirico(lê-se como Verbo: "Eu
lirico")
as contingências da
"ec-sistência"...
Não me disseram
Ser o sonho do amor
Verbo do Vazio,
Regência do Nada,
Concordância do Ser
E o Existir a Liberdade de criar,
Não me disseram, tive de tecer ao
longo do tempo
Com as aprendizagens, pensamentos,
idéias,
Lírica-filosófica...
(**RIO DE JANEIRO**, 21 DE MARÇO DE
2018)
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