#ESCRITOR MEMORIALISTA ANTÔNIO NILZO DUARTE# GRAÇA FONTIS: PINTORA Manoel Ferreira Neto: TEXTO
Verdade é que, desde o falecimento de meu amado e
querido Amigo da Vida e das Letras, Antônio Nilzo Duarte, guardei no íntimo
circunstâncias . Hora e vez de mostrá-las.
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Izabel Cristina Souza Duarte Duarte, após haver eu
publicado uma Homenagem Póstuma ao Nilzo, dissera-me que Curvelo, a
cidade-natal dele não lhe prestara qualquer homenagem por seu passamento.
Chegara ela a pedir-me que publicasse o mini-ensaio numa Página de Curvelo, o
que de imediato tentei fazê-lo, mas a minha solicitação de amizade, que me
daria a possibilidade da publicação, não fora aceite.
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Não creio que toda a família de Nilzo deva
ressentir esta indiferença de Curvelo. Não há dúvidas de que a família Duarte
em todos os níveis morais, éticos, sensíveis sempre mostrara os seus valores
incólumes e lídimos, tanto Tomás Duarte(Tomazinho), filhos, principalmente
Hernan Duarte e Nilzo proporcionaram a Curvelo empregos aos curvelanos, tanto
na Loja Duarte quanto na Disvol - Distribuidora de Veículos Voskswagen, e
sempre fora digna de todo respeito e consideração. A não homenagem ao Nilzo
Duarte no seu passamento mostra perfeitamente Curvelo jamais dá valor aos seus
filhos eméritos, aos seus filhos que engrandecem a cidade. É da índole e
estirpe curvelana dar valor a quem não merece; dar valor merecido requer
princípios culturais e Curvelo é destituída destes princípios, curvelanos nada
fazem por Curvelo progredir ética e moralmente.
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Vejamos um exemplo desta índole arbitrária e
gratuita de Curvelo. Joaquim Lúcio Cardoso, nascido em Curvelo, escritor,
poeta, considerado o Dostoiévski brasileiro pela crítica mundial, um dos mais
importantes escritores brasileiros do Modernismo. Saíra de Curvelo inda jovem,
estudara em Belo Horizonte, participara sua mudança para o Rio de Janeiro, onde
encontrou suas oportunidades de tornar-se escritor imortal. Já famoso,
inclusive na Rússia, visitara Curvelo. No Clube Recreativo Curvelano, aquando
sua visita, houve uma Hora Dançante. Lúcio Cardoso fora. Não he fora permitido
entrar no Clube por ser homossexual. Lúcio sentou-se numa calçada no centro da
cidade, Rua Zuzu Angel, próxima à casa do ator Ângelo Antônio, chorando muito,
fora quando jurou que jamais voltaria a Curvelo. E jamais voltou. Nem suas
obras se encontram lá.
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Curvelo jamais dará valor aos seus filmes ilustres,
por ser uma sociedade retrógrada, princípios preconceituosos, não dar valor à
Cultura, só valorizar o que não tem valor algum, exemplo disso é a Academia
Curvelana de Letras onde não tem escritores, somente políticos, e políticos sem
índoles quaisquer.
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Fato. Não houve qualquer homenagem ao Nilzo por
ocasião de seu falecimento. Não fora ele apenas Empresário; depois de Lúcio
Cardoso, o maior escritor memorialista de todos os tempos.
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Como escritor, Nilzo Duarte jamais precisará de
Curvelo para a sua obra ser reconhecida. Assumo eu, Manoel Ferreira Neto, a
divulgação de sua obra, a demonstração do grande caráter, personalidade,
espiritualidade que foi ele em vida, do grande Homem, Esposo e Pai de Familia
que fora. Não se trata de uma responsabilidade de escritores que fomos e somos,
mas o AMOR e AMIZADE que sempre nos dedicamos. E digo mesmo: sempre tive
vontade de visitar o Nilzo em companhia de minha amada esposa e companheira das
artes Graça Fontis em Curvelo. Mas o Nilzo Duarte é falecido hoje. Não tivemos
essa oportunidade. Nada deixei em Curvelo, senão a amizade dele e de sua
família, e a família encontro-a em vários Estados do Brasil, um dia visitarei.
Jamais retornarei lá em vida. Afianço categoricamente.
#RIO DE JANEIRO, 26 DE MARÇO DE 2020, 00:21 A.M.#
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