#AFORISMO 509/PRELÚDIO DE SABOR DE ESPERANÇAS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Flores... Cores... Perfumes di-versos, ad-versos.
Desejando estar na plen-itude desta con-templação. Vers-ifico a orquídea
que exala seu perfume por todo o uni-verso, poesia de perfume, florando na
floração da in-fin-itiva intimidade do esplendor. Caminho da verdade, eis a
In-fin-itude. Versos prosaicos raros, prece, oração, profissão de fé. Ritmo,
melodia. Soam, soam, soam, as escalas de quem aprende piano, pela espinha
dorsal física da minha re-cord-ação. Versejo rosas brancas, re-flexo do branco
na água, rio de cintilância, o branco da rosa e os raios amarelos do sol.
Imagem de espelho, faiscando meus olhos, espectro in-finito do sublime eterno.
Desejos cintilantes, sentimentos e emoções, peregrinos do tempo. Prosa do sabor
das esperanças, utopias, sonhos do além, vidragens da alma. Durante o dia, eles
são cheios de um bulício que não quer dizer coisa alguma; à noite, são vazios
de bulício que não quer significar nada. De dia, sou nulo, à noite, sou eu.
Sobe-me da alma à mente uma angústia de todo ser, a amargura de tudo ser
sensação minha e uma coisa externa, que não está em meu poder alterar,
modificar.
Além do desejo trans-cendental, a trans-cendência do natural, da
natureza esplendendo essências do belo e da beleza. Canta o rouxinol nas
grimpas do flamboyant das memórias, lembranças, re-cord-ações. Sinto
sin-cronia, sintonia, harmonia de vida me trans-elevando, águia sobrevoando o
uni-verso. Sensibilidade, po-ética da dança uni-versal, ritmo, melodia
clássica, quatro estações da etern-idade.
(**RIO DE JANEIRO**, 31 DE DEZEMBRO DE 2017)
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