#AFORISMO 508/DE ÚLTIMA INSPIRAÇÃO - BALADAS DE UM OUTRO ALVORECER# - GRAÇA FONTIS: FOTO/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Élans de última inspiração - nasce a poiésis, precedendo os verbos,
antevendo os in-fin-itivos das ilusões, gerúndios das esperanças e sonhos, na
alma a pre-sença de medos, temores do in-audito, desconhecido, sentir
mergulhando nos interstícios das ausências.
Élans de última inspiração - o que fora de primeira inspiração no novo
alvorecer dera luz às travessias de sentimentos, emoções pervagando o tempo,
amor florado na floração dos raios numinosos do sol, é preciso subjetividade
para florescer a verdade, é preciso espiritualidade para iluminar a paz, é
preciso coração para resplandecer a solidariedade, compaixão.
Élans de última inspiração - genesis de re-viver outras poéticas versais
das querências, desejâncias do ser, plen-itudes da esperança mais íntima e
profunda, a fé na cintilância do In-finito que re-vela o nascer do sublime,
re-novando o tempo, in-ovando as fin-itudes, paradisíacas as imagens das flores
des-abrochando nos instantes de con-templação do que há-de ser paradisíacas as
águas dos rios que seguem os caminhos do tempo em direção ao além, sempre
conjugando o verbo travessia do in-audito ao perfeitamente audível de sons do
eterno, do belo, da beleza, da estesia, extasiando o ouvido para os sons,
ritmos, melodias, acordes do amor-silêncio.
Élans de última inspiração - além de ser-me, ser em mim, re-vivência do
outro, orvalho do que trans-cende, neblina do que trans-eleva, garoa do que
trans-diviniza, espiritualidade in-fin-itiva da poesia, primeva prosa de élans
do puro, da pureza, magia plena do sonho uni-versal da perfeição, magias
orvalhadas do pleno, do perpétuo, do perene, magias de sutilezas reincidentes,
coincidentes.
Élans de última inspiração - o bosque que sonho é iluminado no
alvorecer, a paisagem é plena de sol, sombrio no entardecer; sei quem me sonho
nele. Entre o sonho do bosque e o que sei sonho nele, soa o canto do coro,
latino e vento a sacudir-me a veneziana, a água da lagoa é transparente.
Élans de última inspiração - "Someone told me a long ago/There´s a
calm before the storm/I Know/It´s been coming for sometimes/When it´s over/So
they say/It´ll rain a sunny day... I want to know/Have you ever seen the
rain/Coming down on a sunny day? - esta paisagem toda, a calma antes da
tempestade, chuva, dia ensolarado..."
Èlans de última inspiração... Yesterday, and days before/ sunny´s cold
and rain was up/I Know/And I play for whole my time.../I wanna know/Have you
ever seen the rain/Coming down in a sunny day"... "When the night/Has
come/And the land is dark/And the moon/Is the only ligth we´ll see/I won´t be
affraid/Just as long you stand by me..." Pretéritos, a cada ano que chega
estas lembranças têm outras esperanças, sonhos, utopias, outros signos,
símbolos, e o Novo chega, re-colhemos-lhe, sentimos-lhe, seguimos a estrada querendo
a verdade e não apenas a sua ausência, falta, falha, lapsos... Desde que seja
de mãos dadas com o amor da vida, desfrutando e degustando os sonhos e as
esperanças, as utopias e fantasias...
Élans de última inspiração - canto de rouxinóis no crepúsculo,
concebendo o alvorecer de pássaros em uníssono saudando o novo tempo, ensaio de
confraternização entre versos e poemas de sin-cronias, sintonias, harmonias
uni-versais com o que trans-cendente semânticas e linguísticas do Soneto Ser.
(**RIO DE JANEIRO**, 31 DE DEZEMBRO DE 2017)
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