#AFORISMO 499/VELA QUEIMANDO-SE NO CASTIÇAL DO VERBO IN-FIN-ITIVO** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/ Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Verbos... Linguísticas... Semânticas.
Re-versos silêncios de sentimentos místicos das plen-itudes, miríades de
sons míticos da Verdade a exalar os eidos aromáticos do uni-versal, emoções
sin-estéticas das divin-itudes do Amor a esplender as essências sensíveis e
trans-cendentais que eivam ideais de sonhos, esperanças do bem, po-esia
metafísica do In-finito que precede os in-fin-itivos sabores do Nada, nada de
magias do mistério do "ser", nada de rituais de sarapalhas do enigma
in-audito do tempo, atrás das consumações da criação das dialécticas
uni-versais da vida e da morte, nada de travessias in-versas e ad-versas do
efêmero ao vazio plen-ificado de horizontes que re-criam as con-ting-ências do
encontro e des-encontro, poetizando as egrégias náuseas do ab-soluto com as
ipseidades do abismo que flora na floração dos sibilos de ventos, perpassam o
entre-montanhas, seguindo os contornos da floresta, o sem-margens do rio em
cuja profundidade habita o segredo ipsis da metafísica do cristalino, da pureza
límpida do "it" líquido e dimensional da terra, a água plen-ificada
do verbo de desejos e volos trans-cendentais e abissais da vida-vida, do
vivo-vivo, verbial-itudes do sempre, mesmo que o sem pre-e-pós deambule,
vagabundeie qual boêmio no crespúsculo e entardecer dos ideais das vivas-águas
efemerizadas, nadificadas do destino de serem ondas que, deslizando suaves e
serenas, aportam na areia da praia.
Verbos, semânticas e linguísticas.
In-versa solidão, solidão de ilusões perdidas, solidão de divina
comédia, solidão das quatro estações da verdade, do ab-soluto, do eterno, do
divino, compondo no piano, sob a presença de cítaras, violinos, harpas,
guitarras e violão, o espaço aberto, confins e arribas esplendidos ao ser-tao
das linguagens e estilos, das formas versáteis e voláteis, no profundo delas as
voluptuosas paisagens do tempo anterior a quaisquer genesis e gnoses,
precedente a quaisquer apocalipses do nada. Vazio, náusea da morte na alma -
ah, quem dera a morte se revelasse logo, sessenta anos de vida já são o
suficiente!; mas é a morte que escolhe quando se revelar -, felicidade da vida
no alvorecer, crepúsculo dos cânticos cântico do sublime silêncio, da
in-olvidável e in-audita solidão, configurados e prefigurados de inspirações
das etern-itudes etern-izadas do simples, humilde desejo...
Semânticas, verbos e linguísticas... Quanto mais mergulho no ser dos
verbos mais metafísicas fábulas do eterno e efêmero se me re-velam, sendas e
veredas, peregrino e sendeiro do sensível poético da ec-sistência. Meu Deus, as
dialécticas se esvaeceram no "sou" das genesis do efêmero, a bíblia
do nada. Sorrio de felicidade e prazer: sou o nada da bíblia, sou o vazio do
divino, das espiritualidades, sou apenas a vida. E a vida sou eu apenas no
trans-curso dos ideais, utopias, esperanças e sonhos do ontem inspirando os
versos e estrofes do hoje, aqui-e-agora, amanhã uma luz, uma vela queimando-se
no castiçal do verbo in-fin-itivo...
(**RIO DE JANEIRO**, 27 DE JANEIRO DE 2017)
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