#AFORISMO 554/A BELEZA, GÊMEA DA VERDADE# - GRAÇA FONTIS/PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Pretéritos do nada.
Nada perfeito.
Nada im-perfeito.
Nada mais-que-perfeito.
Subjuntivos do vazio.
Vazio incondicional. Vazio futural.
Vazio de infinitos uni-versais, uni-versal-izáveis.
Gerúndios do ser.
Particípios do não-ser.
Cores vivas do arco-íris. Ribalta de sorrelfas cristalinas ascendem
colóquios ad-nominados ao silêncio, solidão inscreve nas lácias palavras do
medo as vacuidades do tempo, do inaudito, a surpresa do vazio preenchido de
nonadas do desconhecido, o queixo caído do nada multiplicado de faces do
absoluto, do ininteligível, olhos esbugalhados do efêmero re-vestido de
infinitudes de glórias do indizível, a nihil inspiração da beleza à luz das
trevas abissais, mágico teatro para a mauvaise-foi, nada do vazio-ser
indicativo do ser-nada de pretéritos genéticos, ser do nada-vazio, subjuntivo
de carências da alma, picadeiro de perdidas quimeras trans-lúdicas...
"Café com pão, manteiga não, café com pão, manteiga não",
"vaga-lume, lume, lume, teu pai, tua mãe estão aqui...",
Tinha a alma de nadas povoada
E a alma de nadas povoada eu tinha
De nadas a alma povoada tinha eu
Aboleta-se de liberdade.
Apoeta-se de utopias.
A Beleza, gêmea da Verdade,
a Maria-Fumaça das tristezas, angústias corre nos trilhos solitários do
destino, vagalume à janela, a noite transpassa segredos e mistérios, lágrimas
pujantes, palavras sem fonemas, semânticas sem ritmos, melodias, linguísticas
sem símbolos, signos, termos sem sílabas, metalinguísticas sem inter-ditos.
Mineirices.
Mineiridades.
Mineiralidades.
O trem de ferro hoje passa longe do centro da cidade. Ouço-lhe neste
instante, longe, passando. No alvorecer, o que será que será? Sem destino a
tragédia do horizonte, uni-verso, infinito, ausência da pers de pectivas do
abismo, preliminar da esperança, do ser-nada o verbo de pretéritos, concebendo
o tempo infinitivo de vers-ências do ad-vir, poematizando, poesi-alumiando de
estrofes-entes de a-nunciadas vertentes efemerizadas nos instantes-limites, a
sinfonia sin-crônica do efêmero-sonho da felicidade, da alegria, tecendo no
útero do caos-cosmos a luz dia-lúdica do verbo "Pers-Ser"
poesi-numinando de sentimentos do amor por vir o crepúsculo do paraíso perdido.
(**RIO DE JANEIRO**, 25 DE JANEIRO DE 2018)
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