#AFORISMO 577/SIBILOS NO VENTO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Começa
o caos do
In-fin-itivo
verbo-de
Ser
Termina
o cosmos das
intransitivas
con-tingências,
A
hora esperada
não seja vil,
manchada de hesitação,
de medo,
submissão
ou cálculo,
Mister
tirar
da boca urgente o
canto rápido...
Circun-vagam, ads-vagam, inner-vagam, inter-vagam ventos de leste,
eivados de dimensões futurais do longínquo, por onde passarem, inda que
sibilando serenos, an-estesiados, o longínquo é a metalinguagem não do destino,
o distante é a linguística dialética da saga, a semântica diá-logica da sina,
desde a eternidade à eternidade pre-determinado, mas onde refestelar-se
sibilando-se de silêncios in-auditos no abismo mais abissal da vida, até o
instante de prosseguir, outras trevas até tornarem-se luzes, o longínquo é
apenas porto no In-finito, o uni-verso é o olimpo, encontro de todos os
sibilos, sin-fonia de etern-idades aos ritmos e melodias do ser verbal nas
regências da plen-itude, cujas seivas do espírito divino trans-elevam
esperanças e sonhos às égides do pétuo-per dos prazeres e desejos, perfeito-im
das glórias e júbilos.
Distante é a
linguística dia-léctica da saga
a
semântica dia-lógica,
sêmen do estilo,
"o estilo é o homem"
sêmen da fala
"a
palavra não tem ser",
sêmen da linguagem,
"sede de compreensão,
interação",
a sede é
condicionada às operações mentais
de
hipóstase e de reitificação que
constituem
este
mundo de evanescente devir,
longínquo é a sin-fonia de etern-idades aos
ritmos
e melodias do ser verbal
nas
regências da plen-itude,
a atração ou a aversão
só podem pertencer a
(coisas reificadas)
Ventos de leste. Sibilos de norte. Horizontes. Uni-versos. Confins e
arribas.
Nos horizontes, começa o caos do in-fin-itivo verbo-de ser, termina o
cosmos das in-trans-itivas con-ting-ências, das trans-itivas ipseidades do
estar-no-mundo, do nada perfeitamente encalacrado nas travessias de nonadas, do
efêmero im-perfeitamente conubiado nos mata-burros para o pirandeiro, pontes
partidas para os "ent"-eritos do genesis, "ent"-esis do
anti-princípio da terra, e dizem que a des-esperança do ser-verbo da plen-idade
será vencida pelos terrenos baldios do mundo - simples e incólume sorrelfa do
in-audito sem a terra, [como podem as con-ting-ências do ab-surdo se elevarem e
buscarem a espiritualidade do ser na pedra de toque, angular das trans-itivas
diretas e indiretas?]
Simplesmente um vazio obtuso,
elevado ao
"zero à esquerda",
circundando
a eternidade,
vazio de
sibilos do vento,
vazio das
raízes da castanheira,
vazio das
náuseas do ab-soluto,
vazio
pleno do mundo.
Simplesmente
nada oblíquo,
sentido
nos instantes-limites,
requerendo medidas,
reclamando decisões,
ao redor das ipseidades,
facticidades,
nada oblíquo de atitudes,
ações,
simplesmente nada.
Ventos de Leste. Sibilos de Sul. Por que seria pergunta mais que
percuciente no trans-curso, per-curso dos ventos, dos sibilos, a esperança é
sempre a música idílica da perfeição que ad-mira as im-perfeições, por ser ela
o verbo-in, por ser ela o sorumbático das melancolias, nostalgias e saudades
das meiguices insolentes do inferno?
O mundo do
devir é um mundo
de
conflito perpétuo,
sofrimento
ilimitado...
Sou
varado pela noite,
estou
solto no mundo largo,
atravesso
os lagos frios,
os
córregos de pedrinhas redondas,
absorvo
epopéia e carne,
sorvo odisséia e ossos,
Nenhum sonho débil,
Nem mesmo sinto falta
do que me completa,
quase sempre nostálgico.
Ventos de leste. Sibilos de Norte. In-definidas perquirições do não-ser
à luz do dogmas, preceitos ser onde encontra alento e conforto para a sua
jornada de nonsenses, despautérios, onde encontra justificativas para as
condutas e posturas sem ética e princípios morais, onde cria e re-cria as
atitudes e ações de não, onde seiva as fugas com estratégias, subterfúgios,
tramoias e trambiques, e por último onde descaracteriza a existência, lega ao
homem o epíteto de "salaud", com que se re-festela e observa com
solércia os que lhe são contrários em todos os sentidos, ri a revelia, a morte
é para todos, de nada adianta os desejos da verdade e do ser.
Vagas
montanhas,
ondas
esverdeando,
jornais
de páginas brancas,
música indecisa, insegura,
tentando intuir,
perceber,
criar
condições de espera,
dia
pálido,
canção balbuciada,
Ventos de Leste...
(**RIO DE JANEIRO**, 06 DE FEVEREIRO DE 2018)
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