ANA JÚLIA MACHADO CRÍTICA LITERÁRIA POETISA E ESCRITORA ENSAIA A PROSA #DE ESGUELHA NO LINCE DO SOSTALIO#
No texto do escritor Manoel Ferreira Neto #DE ESGUELHA
NO LINCE DO SOSTALIO# Estou há dois dias a debruçar-me sobre o mesmo…muitas
dúvidas e muitos caminhos se poderiam seguir. Mais uma vez, exalta a
religião…,em que com certeza ele mesmo ficou na dúvida quantO à mesma. Mesmo
assim em seu sonho respondeu ao padre que nada tinha a ver com igreja nem Deus,
mas ele próprio fica cogitando até que isto de escutar sons no privado de si
ultrapassou a tudo neste planeta, escuta-as a todos os sons, cogitando consigo
mesmo que encontra-se sendo neste momento um preliminar do amanhecer, um sinal
da primeira luz do dia. Não deixando de estar patente igualmente o amor…
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A derradeira labuta filosófica é a Alegoria Dês que
o selvático percebe que não existe por si mesmo, indaga a Essência e causa
render um bronco, mas franco erudito a um Ente Superior, que é o Criador do
Mundo. Nenhum ajuntamento humano apreendeu a espécie de cultura sem o desafio
de um credo. O homem sempre discursou, sempre atendeu a essência, interior e
exteriormente fora de si mesmo. Sentiu, em suas vigílias, que o Planeta o
interpenetra e ele o totaliza.
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Conhece se assunto de um Sujeito -Superior,
simultaneamente com o Planeta que o abrange. Tal Sujeito-Mor, já no escrúpulo
do inicial filósofo (o selvático), que o deslinda, por carência racional, é
indefinido. Sente-o no sossego do lago, em cujo reflexo espelham-se as árvores
de suas orlas, e nos finórios cujo entoo o alteia e que, em absoluto adejo,
atestam o Seu permanecer. Não O engendra, mas deslinda-o como mais tarde
desvendará, ou não, o ∏ (Pi), que é a conexão entre o tamanho da periferia e
seu calibre, que o será, autonomamente de seu achado ou não. Entretanto,
enxergando um passarinho, entre todos, no seu completo adejo, o contempla
imergir nas lágrimas do lago e de lá acarretar em seu pico indefenso peixe, que
fornecerá de refeição a si e seus filhotes. Altíssimo de pujança? Averigua o
selvático. Ao lado de um Criador patriarcal, existe um anti deus que calcava os
engenhosos, ou pujantes e tumultuosos. E como Criador não conseguiria tê-lo
parido, deve ser consequência de uma síncope que sucedeu depois a criação. O
pensamento do tombo encontra-se na estirpe dos conhecimentos místicos. Assim o
geraram os iniciais pensadores, e nisso se soma a Alegoria da Queda dos Anjos,
existente em todas as crenças supernas. Competiu a Luiz Caramaschi, na obra da
sua vida, procurar a relação entre os saberes doutos e a erudição cravada nas
crenças supernas e na sabedoria, constituindo um vínculo de junção entre as
duas formas de erudição. As ciências todas, aplicadas como divindades,
revelaram-se deficientes na demanda da dita, mas vaticinaram, entretanto,
enorme progresso técnico jamais imaginado. E como as ciências requestam o saber
através da investigação das partes, e dentro delas as partes ainda inferiores,
analisando-as, e jornadeando no caminho do saber do inferior cada vez menor, do
banal, ou seja, até às estirpes da substância, da eficácia genuína, alteraram o
Sólio de Divo em um cadeirão oco. As crenças e as sabedorias todas tombaram em
caricato. Como efeito disso, a linhagem aponta vestígios de rotura de seus
laços e seus associados jornadeiam para o abrutamento. Ao lado disso tudo, A
Hipótese da Mudança, chefiada por Charles Darwin, com o livro "Da Origem
das Espécies por Via da Seleção Natural", apropriou a derradeira pá de cal
reste o que sobejava da Doutrina da Formação inteiramente olvidada pelas
ciências. Contudo, da inerente peçonha ausentou-se o fármaco. Das altercações
dos pensadores e dos beatos, a consideração da matéria de Divo, infrutíferos
até então, converteu-se translúcido no intelecto do autor ser o Bem-querer a
matéria de Divindade e que, percebendo-o como eficácia, encontrava-se o
Bem-querer extinto por via de efeito, às castas de transformação revelou-se
possível, assim, a deterioração da matéria QUERENÇA até o mais penetrante grau
de aglomeração, na balbúrdia primeiro, do Colosso Rudimentar, do qual surde o
nosso mundo palpável, a partir do Big Bang. Isso, em decurso da Queda das Almas
supramencionada em todas as Alegorias supernas.
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Dessa forma, uma antiga reflexão, em exterioridades
completamente renovadas, válida via causa, aclara o infortúnio no Planeta, como
o primeiro filósofo-selvagem o compreendeu, nos iniciais coriscos que o
fascinaram e o coagiram a verbalizar aos seus hodiernos de um Divo toda
generosidade que comprime a bondade. Tal ideia, progenitora da cultura,
arrancou o homem de sua estupidez e o colocou na vereda do sagrado e do douto.
E toda vez que o indivíduo se desvia do pensamento de Deus a cultura ingressa
em síncope e desaba como o certifica a história. A sabedoria não encaminha
erudição e sim saber que converte mais eficaz o costume do infortúnio, que
adultera os hábitos e desagrega a estirpe. Somente a dupla Erudição (como
forma) e Amor (como substância) converte exequível a satisfação imaginada em
todas as quimeras.
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Conseguido a Alegoria, o derradeiro trabalho
filosófico, pertenceu a Luiz Caramaschi resumir todo o saber instrutivo,
extraindo a erudição cravada nas lendas e nas filosofias todas, porque os
ensaios instrutivos, visto serem dedutivos, através de investigações, procuram
as partes, cada vez menores, em seres, cada vez mais primitivos e
despretensiosos, que não levam a Deus. Ao inverso, a filosofia, através das
sinopses dos antagónicos que requestam novos semelhantes, na edificação de
seres cada vez mais intrincados e, de junção em ligação, procura a grandeza de
Altíssimo que não tem oposto e, por via de resultado, é Ecuménico, Inalterável,
Intemporal, In espacial, In causal, com predicados originários do AMOR, tais
como Generosidade, Condescendência, Claridade, Inefabilidade, Eternidade, entre
tantas… Tal realidade, tida por crença, jamais possuiu uma elucidação
concebível e coerente.
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E para terminar e para ser muito franca não sei se
fugi ao tema…alvitra-me dizer que talvez sim ou não…os textos do escritor
Manoel são sempre complexos e difícil de saber se é o que se escreve ou não…e
este foi igualmente um dos mais intrincados.as entrelinhas verbalizam sempre
tanto…. Poetas por ocasiões cogitam e sentem que verbos são suavidades ou
sacarose, devem adocicá-las com o alento e particularidade, e de repentino
ingerirem o prazer do Ser. Quê fatalidade das fatalidades! Não o são.
Ana Júlia Machado
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WOW, Aninha Júlia, Ana Júlia Machado. Teria outra
coisa a dizer? Não. FENOMENAL!
Beijos carinhosos a você e à nossa netinha Aninha
Ricardo.
Manoel Ferreira Neto
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#DE ESGUELHA NO LINCE DO SOSTALIO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: PROSA
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Nadas... nonadas ensimesmadas de surpresas e
tristezas por não haverem saídas, aquando de ausência de inspiração, a
superficialidade se pres-ent-ificando, as tolices se apresentando pomposas e
luxuosas...
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Homens, admitimos qualquer coisa menos a morte...
Letras preferem os fundilhos do abismo,
Os furingos da caverna de Platão,
Se nada expressam ou dizem,
Se sensibilizam apenas os atoleimados.
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Ainda pela madrugada, acordei-me com um vozerio
alto sem limites e precedentes - havia sonhado estar numa catedral, padre
estava encostado ao confessionário; aproximei-me, dizendo-lhe não iria
confessar e comungar, respondendo que estava eu livre de qualquer coisa da
igreja, da religião -, pensando até que isto de ouvir vozes no interior de mim
transcendeu a tudo neste mundo, ouço-as a todas as vozes, pensando comigo
próprio que estou sendo neste instante uma prévia do alvorecer, um indício da
primeva luz do dia, e ouço-as para previar no sonho que vir-a-ser as
sombras-luzes que se pres-ent-ificarão ao longo das circunstâncias e situações.
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Amor, carinho, afeição, afetividade
- quê abraço forte e apertado!
Sorriso dobrado!
Olhar iluminado!
"Eis-nos de volta.
Vamos bailar nos desejos e vontades do
eterno."
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Semânticas, linguísticas, sentidos, significados
rindo de orelhas a orelhas, quê delícia as palavras voltaram! - não dissemos
adeus um ao outro, despedida nossa, tempinho apenas. Que sabor desejá-las
novamente, querê-las, tenham entrada no conselho de paladar e o saciar os
desejos da sede! As metáforas se olham de esguelha no lince do
"sostalio" - tornaram-se as palavras mais experientes com o exílio de
um dia, conscientizaram-se inda mais de que são necessários ensaios,
"Vão nos fazer rebolar,
dançando na chapa quente
das dialéticas do efêmero e eterno."
Contudo, as núpcias da alegria e felicidade.
Seres que se inter-agem
Deixam de ser unicamente objetos,
Fazem-se sujeitos,
Relacionados e inter-conectados,
Artificiando complexo sistema
De inter-retrorelações
O universo: conjunto das relações dos sujeitos.
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Então... De início, fonemas de olhos voltados para
o infinito do uni-verso à cata do primeiro registro, enfim o namoro com a lua, estrelas
no silêncio da noite esvaziaram-lhes das a-nunciações do inaudito,
esqueceram-lhes os verbos, érisis e iríadas do ser.
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Tinham o ser na própria con-templação de si mesmas.
Nada lhes faltava, não eram carentes. Perfeitas e completas. Podia ter
registrado a plen-itude do momento de namoro nalgum verso e estrofe, num
soneto, nalguma prosa, testemunho de que são divinas. Nada de registro. Nada de
romantismo de primeira fase, não são elas açúcar ou mel. Poetas por vezes
pensam e sentem que palavras são mel ou açúcar, devem adocicá-las com a
inspiração e subjetividade, e de imediato beberem o néctar do Ser. Quê tragédia
das tragédias!, não o são.
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O que viveram, vivenciaram só elas sabem e
conhecem, a sabedoria outra que atingiram só elas sentem no mais recôndito das
forclusions do nada e ser. Direito delas o silêncio. Direito delas as
circunspecções, introspecções. Dever nosso respeitar-lhes.
#riodejaneiro#, 17 de setembro de 2019#
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