ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O TEXTO #AOS QUARENTA ANOS DE CONT.ANDO, UM BANQUETE DE SARTRE#
Não podia deixar de homenagear este grande senhor
pelo seu trajeto de 40 anos nas letras. Ser que admiro muito pela audácia de
enfrentar quem o desafia. 40 anos de alegrias, tristezas, amores, desamores.
Grata igualmente por ter sido e que continua a ser o meu grande mentor e que
desafiou-me a escrever. Fui renitente…pois eu era um ser insignificante,
perante um ser com tamanha erudição.
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Escritor é aquele que possui domínio de constituir
suas quimeras em uma folha de papel, convertendo-lhes em verdade e motivando
com que muitas outras pessoas sejam extasiadas por esses sonhos. Escritor é
aquele que possui a faculdade de metamorfosear um dia desastroso no superior
dos dias, aquele que nos motiva gargalhar e lacrimejar ao mesmo tempo, nos faz
pretender realizar homicídios no mesmo instante que residimos pretendendo
libertar alguém do fenecimento. Escritor é aquele que possui o domínio de
agitar com as nossas sensações.
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Ser um autor não é uma empreitada acessível, e não
são muitos os que o conquistam. Labutar com verbos pode ser uma oferenda nas
mãos exatas. Existe algo mais forte que o verbo?
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As locuções possuem o domínio de nos modificar, nos
fazer lacrimejar e gracejar, motiva rancor e querença ao mesmo tempo. E o
escritor encontra-se no meio disso tudo para converter quimeras exequíveis, nem
que seja por um instante somente. Escritores são criativos de um planeta
incrível, melhor do que o que residimos, um planeta apelidado Terra da
Fantasia, onde tudo é factível e não somos mais meramente exíguas criaturas
humanas.
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Acho que a circunstância é essa: Idealidade. O
escritor pode ser relatado rigorosamente assim: uma criatura que concebe. E por
conta dessa idealidade extrema, converte a existência muito mais tolerável para
muitas criaturas como eu.
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Como eu posso gratular a alguém tão peculiar? Como
venerá-lo. Um incomplexo texto não pode ser razoável relacionado a um sem fim
de folhas que já deciframos. Analiso-me tão minúscula ao arriscar declarar meu
reconhecimento, e ao mesmo tempo avalio-me virtuosa por poder executá-lo.
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Ninharia mais posso além, de verbalizar que
ensaio-me virtuosa por poder dividir das sensibilidades que o escritor,
filósofo e poeta comunica através das suas narrações, sinto-me virtuosa, ainda
mais, por poder compartilhar dessa sensibilidade, que possibilita-me sentir,
com outras criaturas. Parabéns pelo seu feito de 40 anos e que a idealidade
jamais lhe escasseie.
Ana Júlia Machado
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Sinto-me sobremodo orgulhoso e lisonjeado por ser
seu amigo, Aninha Júlia - apesar de vivermos em continentes diferentes,
sentir-lhe a sensibilidade, a humanidade de seu ser, desfrutar de sua
intelectualidade e cultura européia, viver uma amizade tão sincera, séria,
verdadeira, compartilharmos as letras juntos.
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Querida, não fiz mais do que a minha obrigação de
ser humano, escritor e intelectual incentivar-lhe, despertar-lhe para os dons e
talentos que residem em você, estar ao seu lado nesta jornada. É de minha
índole reconhecer o que merece ser reconhecido, a César o que é de César, a
Mefistófeles o que é de Mefistófeles.
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Felizmente, e para o deleite de seus amigos e de
seus leitores, você acreditou na minha sinceridade em reconhecer-lhe os dons,
tomou da pena e hoje escreve obras que me deixam de queixo caído. A verdade é a
verdade, não é mesmo? Existe outra coisa mais forte que ela? O Verbo e a
Verdade. Incentivei outros a quem reconheci o mesmo: Antônio Nilzo Duarte,
Renato Diniz Magalhães Filho, minha amada Esposa e Companheira das Artes, e
todos eles souberam de minha sinceridade. Antônio Nilzo Duarte não escreve
mais, devido à idade, noventa e quatro anos, mas após o meu reconhecimento
produziu obras capitais no gênero Memorialístico, Renato Diniz Magalhães Filho,
acompanhei-o em sua elaboração de Monografia para se graduar em Filosofia cujo
tema eram as idéias de Sartre, tornou-se padre, fez mestrado na Itália, hoje é
Reitor da Faculdade de Administração de Curvelo, e minha Esposa e Companheira
que hoje está escrevendo magistralmente, uma obra inestimável - antes de mim,
era Pintora, Escultora.
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Gracias muchas, Aninha Júlia, por este comentário -
que não é apenas um comentário, sim uma declaração universal de uma grande
amiga - nesta ocasião de meus 40 anos de vida literária e filosófica. Ser
escritor é enfiar a mão na cumbuca do mundo e dos homens, revirar-lhes por
inteiro, e eu enfio mesmo de modo contundente, como dizem do teólogo Leonardo
Boff, dizem que ele não deixou Padre sobre Padre em sua carreira de
intelectual, mostrou com evidência as maledicências da Igreja, inclusive sendo
expulso dela. Não me julgo expulso por minha impetuosidade e implacabilidade,
sim marginalizado, o que compreendo, enfim ser Erudito num tempo de
Futilidades, o que eu esperava? Sigo em frente impetuoso e implacável, tenho
uma responsabilidade com as letras a ser cumprida, pouco me importa a
marginalidade.
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Sinceramente dizendo, verti lágrimas com a sua
homenagem. Muchas gracias por sua AMIZADE, CARINHO, TERNURA, RECONHECIMENTO,
CONSIDERAÇÃO, AMOR. Sigamos sempre juntos esta jornada ingrata e mágica das
Letras.
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Beijos nossos a você e à nossa amada netinha Aninha
Ricardo.
Manoel Ferreira Neto
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AOS QUARENTA ANOS DE CONT.ANDO, UM BANQUETE DE
SARTRE
GRAÇA FONTIS: FOTO
Manoel Ferreira Neto: TEXTO
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Não imaginaria naquele dia de Lançamento de meu
primeiro livro de Contos, CONT.ANDO, 12 de setembro de 1979, quarenta anos
depois estaria comemorando QUARENTA ANOS de Lançamento, ao lado de minha amada
e querida Esposa e Companheira das Letras, Graça Fontis, numa ilha carioca,
feliz e realizado com a vida de Escritor e Filósofo, a OBRA ESCRITA, está
escrita no de-curso e percurso de longa jornada. Talvez se houvesse criado
imaginariamente ver estes anos no futuro, não estaria vendo-lhes neste
instante. Não criei expectativa. Deixei a vida seguir os seus passos.
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Sinto-me hoje, um homem de muita sorte e pouco
juízo. Posso comemorar estes anos todos de lançamento de primeiro livro, e
jamais me entreguei às hipocrisias e falsidades, não me entreguei às facilidades
de sucesso, fama, valores e virtudes.
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Comemoro feliz e satisfeito: naquele ano e mês
sonhava tanto encontrar a minha Simone de Beauvoir, a eterna Companheira de
Sartre. E hoje tudo nos devidos conformes: feliz pela obra criada, feliz por
haver encontrado a minha ESPOSA/COMPANHEIRA DA VIDA E DAS LETRAS, Graça Fontis.
#riodejaneiro#, 12 de setembro de 2019#
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