#REVERENCIANDO A PRIMAVERA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Linguísticas do espírito, a-nunciando os verbos da
esperança; semânticas da alma, con-cebendo metáforas volúveis das volúpias do
encontro, dos êxtases da entrega; metalinguísticas dos desejos in-auditos,
iluminando o alvorecer; metafísicas dos inter-ditos da plen-itude, eternizando
os sonhos, exegeses da sublim-itude do divino, trilhando as sinuosidades das
con-tingências da alma...
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Agora é tempo de ouvir o canto das cigarras, é hora
de escutar o trinado dos pássaros, instante-limite dos sentimentos que floram
com a floração das ilusões da etern-idade, das fantasias da sublim-idade, dos
idílios da uni-versidade; no alvorecer, con-templar, vislumbrar as pétalas das
flores e rosas des-abrochando, amar amando o afeto sagrado, a afeição divina, a
ternura absoluta, o carinho da espiritualidade, a carícia do ser; há cantos de
perpetuidade nos ermos do além, há cânticos sublimes da verdade nos longínquos
do horizonte que solsticiam a soleira do verbo e do tempo, há canções de
efemer-itudes, da beleza do belo que musicaliza os recônditos da alma com as
notas dos desejos, aspirações da vida plena.
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Calientes chamas de clímaces do absoluto que afagam
de felicidade e alegria o peito repleto de fantasias, ardentes paixões que
eivam o útero das vontades abissais e concebem o silêncio interino do vento,
sarapalhando a neblina que umedece o solo da floresta, molha as folhas das
árvores e geram a solidão na continuidade do tempo que continuamente
pres-ent-ifica o que há-de vir.
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Lá em cima, na grandiosa imensidão, os astros, em
esplendidas demandas, rolam em luminosa procissão, os espectros do sol
re-fletem lâminas de luz que numinam os mistérios e segredos do ser.
#riodejaneiro#, 21 de setembro de 2019#
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