#PRENÚNCIO DO QUANDO INTER-DITO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



Não disse?
Nada.
Instante de sin-tonização,
Tom das cores do arco-íris
Sob o sol faiscando a superfície do mar,
Capto as sensações do brilho inconcebível,
Sonho impudente, pujante
Do vazio, o coração bate nas docas,
No mistério está contido o inexplicável,
A beleza escreve na frase seguinte
A cor-agem de irradiar-se em mistério.
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Andei pensando somente nos raios fortes
Do sol incidindo nas águas feitas ondas,
Abstração que imanentiza na natureza
Do que existe, do que vive,
Minhas raízes estão nos ventos do bosque,
Minha essência está na areia da ampulheta,
Meu ser...
Fica sendo o mais enigmático
Dos segredos...
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O entardecer não me ofusca
Porque é sensível
Sou de soslaio
Quero sentir nas mãos perquiridoras
Os sentimentos que fluem serenos
As emoções que floram os momentos
A produzirem sonhos,
Faço encantamento no solstício
Espectros delicados irradiam
Na obscuridade fosforescente de minh´alma,
Sorvo o ar de esplendor,
Antes que se finde no noctívago mar,
No evaporado do ar bosqueano,
Natureza do ser e das coisas...
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Submerso na água de sons silenciosos,
Tomo um tom do que está entre
O devaneio e a consciência,
Reflexo deste silêncio dentro de tese e antítese,
Dentro de simetria do vazio,
Campo de reflexão,
As assimetrias encontram-se na simetria
A delicadeza de instante vivenciado,
Revivida após no prenúncio
Do quando inter-dito.


#riodejaneiro#, 19 de setembro de 2019#

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