INSONDÁVEIS QUIMERAS DOS JOGOS DA MENTE GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA @@@@
Hiato vazio,
Onde no auspício da colina,
No profuso mais íntimo do abismo,
No crepúsculo,
De pensamentos inda mais calientes,
Efusivos,
Um camp vermell
Um estel daurat
Eixecat sobre El seu cap,
A serem pensados, avaliados, investigados,
Com a amplitude do olhar a língua dos desejos
De idéias cujas flamas representam
Sensações singelas,
Cujos ventos de outras luzes
De postes de energia elétrica
Alentam as dúvidas,
Tendo como objeto ad aeternuum o verbo,
De reflexões,
Aquando o sentir
É “estar fora” de mim, enxergando o corpo,
Pés, pernas que já palmilharam estradas
Ao léu de misérias, pobrezas, medos, angústias,
De longe, parecia haver um eu,
La canço de ploraven
Era com um cant de lloança,
Fora de mim, nada haver,
A alma habitando-lhe,
Tão só ser humano,
Sentir estranho, sentir estrangeiro,
Por mais persista desnudá-lo,
Tirar-lhe as vestes,
Envolve-se em mistérios ininteligíveis,
No véus com ells brillen ells ulls,
Repousar, refestelar, espairecer,
Cercar o passado com rede de pescar,
Cercar os pretéritos com arame farpado,
Sondar na imaginação os acontecimentos,
He de reconeixer que no vaig
Dir res
Tothom ballava menys jo
Ligar os detalhes
No estava a gust,
Para com eles delinear quimeras insondáveis
Onde?
Se não onde,
Em que sítio do bosque
Sentir a presença das perquirições inomináveis
Da trafulha dos jogos da mente.
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À soleira do Perene de Ausências,
Falhas, faltas, lapsos,
Nós de nada, ases de vazio,
Desassossego no cálice tinto de ilusões,
No fundo de todas as alegrias,
A dúvida de,
Se lhes habitavam no seio satisfações
Da esperança realizada,
Se sublimação de não ser porta-voz
Do que reside na alma de tristezas,
Nas asas de todas as chávenas,
Nos auspícios da colina,
À beira do abismo,
O que sentir de mais ou de menos,
O que pensar de nítido ou de obscuro,
O que pensar-sentir de alimento
Que sacia o sabor do saber,
Só estou bem,
Aquando entrelaçados os pés
Da amada e meus para o sono da noite,
Aquando na orla marítima
Observo o oceano,
Hiato vazio que há-de ser?
@@@
Há alguma explicação para isto
De estar perdido,
Não haver no recanto mais recôndito
Da caverna, gruta,
No crepúsculo suave, sereno,
Lugar onde perspectivar imensa pena de mim,
Pena de dar dó
Devido às quimeras, imaginações férteis,
Infantilices, criancices
Habitarem os solitários e frios instintos,
Alias, não me é dado imaginar,
Fantasiar este sítio,
Pudesse visualizar alguma brecha
Por onde espiar os auspícios da colina,
Tenho a alma ceifada...
@@@
Mister avaliar o frio,
Sine qua non ver a cor do silêncio
Na imagem da Pintura do Desvario,
Preciso sentir o sabor das lacunas,
Oh, contingência,
Onde o presente está inserido,
Penso a lucidez interdita no devaneio,
Chuvilha a cântaros,
Passagem de estação climática,
A partitura de minh´alma
Prescinde de carícias, toques,
A visão de instante ressoa fora do ritmo
Suave dos cristais,
Fora do tom tênue das árias,
Não me aquieto por haver pergunta
Sem respostas,
Não me serenizo, porque me não encontro,
Espero e deixo cindir o sol na minha cabeça,
A lua, aos linces, retinas de meus olhos,
Nas costas tensas
De cruzes dogmáticas, preceituosas
De cunhos religiosos,
Reverbera as sensações dispersas de carência,
Enquanto olho a imensidão do oceano
Oceanizando a existência de silêncios,
Enquanto durmo,
Deixo-me livre aos sonhos,
Aconchegado nos braços de Orpheu,
Largo-me vagabundo,
Andarilho,
Boêmio,
Peregrino,
Viandante,
(o no entendries la meva tristor
I em negares la má),
Nas alamedas das fantasias do amor e glória,
Hora e vez das vaidades das ausências,
Orgulho das faltas e falhas,
Paixão das lacunas e lapsos,
Até percebo serem oníricos
O sublime e o verbo...
RIO DE JANEIRO(RJ), 01 DE MARÇO DE 2021, 23:58 a.m.
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