VOEJANDO O BRILHO JUVENIL DO SOL GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO @@@@
Face e símbolo,
Rosto e signo,
Semblante e metáfora,
Fisionomia e metalingüística,
Representação do vôo, voejar de águia
Cruzando o espaço infinito do espírito,
Imagem, perspectiva e Esperança,
Deixando nascer nas asas o ar do vento
Das alturas e da liberdade íntima
De verbos sublimes despertando seres do universo,
Nas penas, a sensibilidade aérea que movimenta o ser.
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Vozes, olhares à espreita de sons visuais do tempo,
Linces de línguas à socapa de ritmos, metáforas
Rumo ao coração do Ser e Espírito,
Do perdão e enternecimento,
A língua lírica sagrada do Verbo
Que conjuga o presente do indicativo
De ritmos espirituais do Amor com
As melodias subjetivas da Liberdade,
Habilitando o habitar sensível,
Que regencia o sensível Mistério Divino,
À espiritualidade e meditação,
Voo de nota musical soando
Belíssima melodia
Que gerencia a imensa ópera universal,
Sonhos e projecções do imaginário,
Esperanças de verdades íntimas,
No império dos sentidos.
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Ocaso do crepúsculo...
Além horizontes esplendem ínfimas luzes,
Finitos brilhos, infinitivos coloridos,
Subjuntivas cores,
Nonada de uni-versos
Conciliada nos soslaios de uni-sonos
Perpassam nuvens celestes,
Esvaecem-se suaves e serenas
Na leveza do ar,
Renascem lívidas e transparentes
No movimento das asas
Voando o tempo no transcurso do espírito,
Voejando o brilho juvenil do sol
Amarelo e alaranjado forte,
E aliciam com o há-de vir da noite
Libertinagens e orgias da alma
Perpetuando as contingências
Da náusea do efêmero,
Vazio da Eternidade.
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Templo de soslaia imagem
Que se revela pretérita,
Imperfeita de esguelha...
A vida são asas movimentando
No espaço de defectivos verbos da alma,
Cujo destino artificia-se nas penas
Adversas aos ventos que convocam
A sentir os picos mais altos das montanhas,
Confins e arribas do oásis,
Sonho do divino aos vales abertos,
Visões da plenitude abstrata,
Sentimento de amplitude
Que sacia a sede do espírito da verdade,
Ondas de calafrios que avolumam
As sensações leves do ser.
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Penumbras e brumas,
Contradicções dos dogmas e verdades,
Serviçais escusos da fé,
Nos interstícios inconscientes dos desejos latentes,
Taos de anunciações das verdades
Sublimam medos do inaudito,
Equilibrar tensões internas,
Krishnas de revelações do espírito
São katharsis,
Katharsiam dúvidas e inseguranças da morte,
Além solstícios da eternidade.
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Espectro de imagens projectadas
No universo das contingências
Efêmeras,
Perspectivas dialécticas do bem e do mal
Solsticiam o pleno de sombras, contra-luzes,
Mordiscam de luz flashes do sublime.
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Orquídeas cinzas do sensível
A despetalarem o perfume do ser branco rosáceo,
Sinestesia templária do nada e silêncio
De sentir a intimidade do ser,
Do saber que se aprazera
Com as travessias do vazio ao múltiplo,
Movendo o céu, todas as estrelas
Onde cresce a flor das línguas.
Onde floresce as pétalas poéticas das palavras.
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Furtar-me a perquirir o que é isto
“Escrever o sentimento” poético das palavras...
Não intenciono que outros silêncios
Penetrem este instante genético do “saber”,
Outras solidões
Derrubem ou acalentem este momento
Infinitivo do “conhecimento”
Das dialécticas, contradições, antinomias
Do sensível e dos verbos sublimes,
Este tempo banhe outro estilo de reunir
Esquecimento e ausência,
Maduramente pensados e sentidos,
Ditos antes com o riste da língua,
No decurso do tempo,
Expressos com a amplitude de visão
A desejar o Espírito da Verdade
Aderido ao Silêncio do Tempo
Sem contra-tempo.
RIO DE JANEIRO(RJ), 25 DE FEVEREIRO DE 2021, 20:14 p.m.
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