HOMENS E ÉPOCAS GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA @@@@
Homens e épocas que contribuem para a vida, ajuizando, condenando e exterminando com o passado, sempre e ao mesmo tempo constituem uma doença e são doentes.
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Pontos de vista são vistos de um ponto, isto é inconteste, podendo ser considerado Máxima, até à consumação dos tempos estará presente.
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Máxima ou não, verdade é: se os homens somos as conseqüências dos erros e equívocos do passado, nossas gerações idas, paixões, distúrbios psíquicos e do caráter, desvios dos princípios morais e éticos, mesmo dos crimes de toda ordem, não nos é possível livrar-nos desta realidade.
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Se batemos o martelo na mesa e condenamos todos os desvios praticados, pensando que nos desfazemos deles, construímos um mundo diferente, o fato de que deles arrecadamos nossas origens não se suprime. Há, contudo, uma via a ser considerada nessa instância: chegamos a um conflito imenso entre nossa natureza transmitida e deixada em herança e o nosso conhecimento. O conhecimento vence a Serpente? Talvez possamos chegar a uma luta por nova e inédita Disciplina – que nos ensine a desaprender o aprendido e aprender tudo de novo -, devendo ser das mais austeras contra o que adquirimos por herança, preservamos e conservamos, e pela educação que recebemos desde que chegamos ao mundo. Difícil estabelecer limite à negação do passado.
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Há para aqueles que lutam, estão dispostos a morrer por suas causas e pela liberdade, para aqueles que tomam em mãos a história crítica em função da vida, rompendo as fronteiras, há uma consolação: a natureza de ontem foi uma natureza de outrora, isto é, uma segunda natureza; toda segunda natureza deposta torna-se primeira natureza.
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Dizia de Máxima.
Se é que se pode dizer “Depois da tempestade vem a bonança”, eis algo em que se pode empreender todas as forças. A luta é contínua, mas a continuidade faz a diferença. A cultura caótica moderna será vencida.
RIO DE JANEIRO(RJ), 10 DE FEVEREIRO DE 2021, 08:13 a.m.
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