#SONDANDO O PROFUNDO MÁGICO E MÍSTICO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA $$$
Nada há e há tudo nesse resplandecer
Na plena aurora do infinito imaginário,
Entre telhados brancos de luar,
Último chamado de pintassilgo, vindo de eternidade,
Versejando trinos, desejos, querências e enigmas,
Entoando tinidos, fantasias,
"O velho bugre entoando seu antigo ritual."
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Há conscientes, outros inconscientes...
Templares do ser com visões do divino
Sondando o profundo desse espaço
Tão avidamente que mesmo o som inaudível
Dentre silêncio e palavras vislumbram na mais bela
Exteriorização da auto transparência das realizações da vida
Constituindo a extensão média em que estão escritos...
Que mesmo a harmonia invísivel
Dentre a solidão e as sensações do nada nascido do tédio
No mais esplêndido expressionismo...
Como um rio caudaloso banhando poeticamente
As margens da vida nesse universo onde a seriedade,
Quiçá o lúdico,
De forma linguisticamente hábil,
De modo semanticamente perspicaz,
Esguio, escorregadio...
De estrutura metafisicamente dispersa,
Gato das epistemes e das metáforas,
Sempre solércio, solerte,
Explora e lambe todas as possibilidades do até então impossível
Mas... possível sempre!...
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Viagem sem retorno
Onde só o infinito é o limite dentro desse mundo
Uno em expansão
Ainda longe da verdade perene!...
Ignoro como as multidões cresceram
Dirigidas e comandadas com coração e alma de pedras,
"Bolson e Hit" estendem o tapete vermelho no chão das nações,
Poderia descobrir que estamos os homens todos sozinhos
No sonho do orgulho, nas utopias do poder.
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A minha voz tem profundeza e calor, como se palavras corriqueiras houvessem saído do coração, ardentes e vivazes, pronunciasse-as com sabedoria no ápice de suas próprias probabilidades. A tonalidade não consegue dissipar de todo certa inflexão que poderia ter eu tomado por aspereza. É como se eminente e insigne musicista tirasse sons comoventes de um instrumento, acordeão ou piano, tão profunda a sensibilidade que encontrara órgão na minha voz.
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Meu coração inunda-se de lágrimas e exala profundos suspiros. Oh, vida! Oh, céus! Na grandiosidade de alegrias e contentamentos exultantes, não há qualquer irreverência em perscrutar a face alterada e jovial que se revela.
Estas poucas palavras têm a mesma música misteriosa, melancólica, cujo tom parece jorrar de minh´alma, modulado na mais humilde, sincera, simples emoção. A agudeza dos sentimentos logo denuncia a mim uma respiração irregular, vinda de lugar no íntimo que está imerso na obscuridade, ainda que sagrado de profanos interditos libertadores de Eros e Thânatos. É um pecado que de certo modo a luz está mudando para sombra e lançando seu véu sobre tudo o que se sabe, se tem conhecimento.
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Do sagrado, no qual acontece o milagre da transformação, da metamorfose, da mudança, nos quais o jogo do devir existe sempre, àquela mais alta e final humanização para a qual toda a natureza se dirige e impele, para salvar-se, para transcender-se a si mesma, para encontrar-se, olhando o mundo e os homens de cima.
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O silêncio da vida que exala de seus re-cônditos
Interstícios o trans-cendente de utopias
Que ao longo do tempo assimila o outro
Das dimensões futurais da plen-itude,
O outro do outro vir-a-ser,
O eu do outro há-de ser o domus do divino
O "tu divino" que ilumina o espírito da contingência
Na sua con-templ-ação, ação de templar o "ser-com"
Os ideais da espiritualidade, o"eu eidético" que numina
O verbo da carne das imanências
Na sua evangelização,
Ação de divinizar o "ser-para"
A esperança do Ser da Vida,
Na sua espiritualização,
Atitude de sensibilizar o que trans-cende
A estilística das dialéticas do mágico e místico...
#RIO DE JANEIRO(RJ), 21 DE NOVEMBRO DE 2020, 08:56 a.m.#
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