#IMPROCEDÊNCIA VÃ DAS APARÊNCIAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Graça Fontis/Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA ###
Dos ideais que floram no alvorecer
De flores que des-abrocham,
De sombras que começam de surgir
Nos canteiros entre os pés de rosas,
Os clicks de máquina fotográfica,
A imagem,
Aos toques a cada átimo de segundo,
Dos lápis, pincéis, outros utensílios indispensáveis,
Ao que se a-nunciaram, as intuições, projetos,
A imagem se criando, recriando,
Até o que há de atrás do atrás da inspiração...
No espírito, na alma, no que lhes transcendem,
A procura da estética do belo na pintura,
No quadro,
Na moldura,
No original,
Sons e silêncios se manuscrevendo nas
Páginas e linhas tortuosas, contraditórias,
Deitados na colcha de linho do colchão,
Traçando signos, símbolos, metafísicas, metáforas
Por vezes nonsenses,
Solidão e náuseas,
Satíricos sarcasmos aos orgulhos ardentes,
Cínicas sátiras às intuições e percepções
Por intermédio das farsas, falsidades,
Ironias sarcásticas aos valores tão arraigados,
Digno de reconhecimento póstumo por amor tão forte
Aos dons e talentos na construção do insólito e obtuso,
Ritmos e melodias se enter-ligando
Nas palavras, meta-físicas e meta-sonísticas,
Espirito e alma, verso-uno de des-aprendenças
E aprendenças de outras luzes e contra-luzes,
Imagem-espelho, espelho-imagem,
O eterno sentimento de amor que concilia
Palavras, imagens e sons,
Vida e desejo do eterno de espíritos versos-unos...
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Luzes de silêncios e algazarras perspassadas pelos sopros do vento, o sol nascendo, já a-nunciando o calor ser infernal, não havendo quaisquer meios de evitar, o progresso inda não alcançou este nível, mas a noite minguante será fria, aquele "friozito paulicéia", envolto nas carioquicéias maresias, o que é sob quaisquer prismas de visão, inteligência, intelecto, percepção "baitas" contra-senso, contra-dicção, já id-ent-ificadas as estruturas serem feitas dos mais penosos suplícios, quando à soleira de alguns sobrepujam incautos e des-traídos, imprecatados e dispersos, quanto a mim regozijo-me deles codimentando todos os sais da humanidade ao deixar o ardor da piedade fortalecer-se na solicitude incorruptível, prevalência, triunfal intuito de melhor servir uns e outros nestas toscas e grosseiras terras, estender ambas as mãos aos serviçais por tão fiel e fidedigna lealdade nestas plagas tão rudimentares.
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Noite de quarto minguante nos silêncios,
Boteko de Gilbeys ao limão e gelo,
Sons da solidão, dos ventos suaves e serenos,
Maresias de idílios nas luzes luminando o calçadão,
A mente sem ordem, sem qualquer motivo de ação,
Sem saber por quê, como, para quê...
Na areia mole, do outro lado da avenida, marcas
De pés, tudo são para sempre,
A hora mais bela da solidão das águas, silêncio...
Taça de Gilbeys,
Mais um gole, os pensamentos flanam nas luzes
As idéias mergulham oceânicas no desejo onírico
Do sonho...
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De ondas marítimas que,
De docas em docas,
Banham a areia da praia,
Enquanto as gaivotas passeiam tranquilas,
Os pescadores lançam a rede no mar,
À espera da colheita de peixes,
Banhistas curtem o crepúsculo
Algazarras íntimas entre amigos, íntimos,
As ondas do mar estão serenas, ouve-se-lhes
De revés os sons das ondas tocando na areia.
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O senhor em Copacabana de chapéu e longo paletó,
Dirige-se para casa, atravessa a rua,
Perscrutando ao longe o Corcovado,,
Advirão versos e estrofes na sua madrugada
De prazeres linguísticos,
Re-velam o espírito da vida,
A alma dos desejos e vontades,
A latência das buscas, o manifesto das querenças
Da fé,
Da solidariedade,
Da compaixão,
Da fraternidade
Da terra e do mundo.
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Sobre as ondas fosforescentes daquela angústia e náusea de coisas pretéritas e no concernente ao presente apenas algumas volúpias da liberdade tornar-se epitáfio pelas atitudes e compromissos, aquela luxúria da consciência de rimas interiores contracenando com as finais dos versos são a escapadela mais infernalmente evidente de ausência e vazio de postura, traçar outros trechos de passagem faz-se mister. O que hoje seria de ontem foram devaneios exalados e borrifados na vontade desvairada dos vazios a serem vento de silêncios... além das águas...
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Além das águas sacramentando pré-concebidas dores, todavia aprovando-me constrangido como navegador italiota ao embrenhar-me nos pensamentos, ao embrenhar ideias, ideais na improcedência vã das aparências casuais e ação ilegítima dos que agem sem compadecimentos e uma cortina pendente da janela que encobre erros, honras e segredos, alcova dos "hereges", "profanos", "forasteiros"...
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Nos átimos instantes de vislumbre do que me fora de segredos, inverdades das verdades ilícitas, e o que me é de destino e enigmas da alma em suas eidéticas procuras do sublime que é apenas alcançável por intermédio das contingências, através dos suplícios e náuseas das algazarras sem origens, falácias da integridade dos valores, verborréias dos comportamentos e atitudes. Apesar dos pretéritos, o presente é mágico, artificiar as magias de palavras e sons dos ex-tases da liberdade, o que se torna impreterível o despreendimento na construção do peculiar e próprio caminho para o homem de coração inquieto, quanto ao que é e suas querenças e desejanças, quando o seu coração ouve todos os cânticos em lamentos evidenciados nas manchas a turvarem os olhos da desilusão ocultos de outros alheios e inexpressíveis submissos às in-verdades habitadas por detrás das manhãs de todos os séculos e milênios.
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Abóboras das sorrelfas e desvarios do eterno/eternidade nas mãos vazias de sementes e frutos dos inauditos ritmos e melodias das sagas originárias das intemperanças e inquietudes das marcas e passos nas orlas das ilhas sáficas e safadas do próprio tempo nas asas da águia de solidões e silêncios sobrevoando as tragédias da sabedoria e conhecimento nas mãos entupigaitadas de escusos pensamentos e utopias ridículas da estética e ética.
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Também ocultas no mar de trevas do esquecimento pela tempestuosa e tumultuada sociedade servil e obediente à cobiça dos homens e das criaturas, e suas toscas artimanhas a bordejarem-se sobre o viés lúdico pelas maledicências entre trevas e luzes, perspectivas e imagens.
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Nada saber do que ilumina, consubstancia a existência na canção do que se vive de nada conhecer trafulhas e trambiques na feitura e tecitura das linhas de ação em direção aos mov-imentos de outroras às origens, ao estilo da Maria Fumaça devastando as terras, "Mova-se... Mova-se... Mova-se...", crendo dai haver nascido os versos "Café com pão, manteiga não" para representar o seu sonido.
#RIO DE JANEIRO(RJ), 26 DE NOVEMBRO DE 2020, 22:55 p.m.#
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