*LONG AND WINDING ROAD* GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ====
Amores perdidos, sonhos presentes
Amores vividos, verbos de esperanças
Amores utópicos, quimeras de glórias
O sol vem aí, outras luminâncias,
Numinâncias a esplenderem de alhures
Raios de desejos da alegria cristalina,
Miríades do espírito, raios de luz
Incidindo na cabeça
Cheia de idéias, transbordando de fissuras,
Alumiando as querências do nítido
Sentimento de sentir o amor
Amando a sua busca de amar
Plenas as instâncias da alma
Re-colhendo e a-colhendo pretéritos
À luz dos ocasos, à luz dos crepúsculos
Re-versando de re-fazendas
As chamas ardentes do ser
À soleira da lareira eterna
Compaixão, solidariedade...
Você não realiza o quanto
Amar estende o espírito do verbo
Aos confins de todas as esperanças,
Verdades, contingências do sublime,
Lá nos confins das águas azuis
Do mar, a felicidade encontrando-se
Com a cintilância das estrelas,
Onde está escrito:
"Amar plende versos e sonhos do verbo Espírito".
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Amores esquecidos,
"Long and winding road",
Interditos solstícios do entardecer,
Sussurros do vento perpassando os interstícios
Do há-de vir a ser
A neblina límpida sob o brilho do alvorecer
Sentado ao banco do tempo
De por baixo da árvore trans-cendente
- De uvas frescas, o limite da floresta -
De abacates verdejantes,
O olhar distante no encontro de duas montanhas,
Desejo de,
Amando a plena plen-itude do belo,
Na perspectiva estética da verdade,
Amores esquecidos sejam lembranças,
Recordações, memórias do vir-a-ser
Do sorriso cristalino nas abóbodas
Do prazer feliz da felicidade prazerosa...
Você não realiza o quanto
a alma do espírito conciliada
Ao espírito da alma, vice-versa,
Compõe a estrofe trans-lúcida,
Trans-lúdica da poesia
Do íntimo à luz da sensibilidade
Lareira de caliências do sensível.
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Muitas vezes senti-me solitário
Ao longo das veredas contingentes
Do verbo ser-de-amar,
Muitas vezes senti-me só
Ao longo das sendas do sempre-sonho,
Do sempre-esperanças, do sempre-utopias,
Até me inspirei na dialética da iluminação,
Lá apenas imagens furtivas da essência do amar,
Hoje, olho e contemplo o sol que nasce
Sinto o verso eidético da esperança,
Muitas vezes senti a solidão,
Até li, meditei, refleti,
"Cem Anos de Solidão", Garcia Marques,
Buscando a plenitude do ser
Que plende no "eu" das esperanças,
Lá apenas fantasias do outro
Da solidão, poesia prosaica,
Hoje, contemplo e vislumbro
O "I-me-mine" das sublimes
Querências do "outro-outrem-yours"
Estrofe eidética do ser.
#RIO DE JANEIRO(RJ), 08 DE NOVEMBRO DE 2020, 08:41 a.m.#
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