MENTE EM TRANSE# GRAÇA FONTIS: ACRÓSTICO/FOTO(ARQUIVO) ====
DEDICATÓRIA
De Graça Fontis a Manoel Ferreira Neto
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M-ente em transe a oscilar o pêndulo eidético de um viajante obstinado
A-ntigo navegante que transcende limites da carne na desmistificação de engrenagens a nudez de símbolos
N-uma terra de habitantes alados, rostos estiolados incógnitos entre evidências
O reter presente assegurando tempo e coisas neste chão de desgarrados que caibam num poema
E seus olhos entre sensações na cadeia de corpos, formas estruturais do tempo sem que as horas importem
L-onge deverá chegar no silêncio da mudez dos vivos, na fala de muitos mortos circundando pomares permanecentes entre perguntas.
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F-oi também ontem seu deixar de tantas coisas como os mortos que nada deixam, apenas vísceras, quando atirados no mar
E é nesta temporaneidade, na pressão dos instantes, o arrancar do ventre lenha para se aquecer no inverno
R-evelando em sua alma sem pudor pétalas abertas ao sol, formas de entrega que outros não veem, ocultas na neve prata da poesia
R-esguardado no inacessível, indelével, quiça fuga dentre solidão, apetites, querências, um caminhar no proposital esquecimento
E a canção vibra em segredo seu adejar a fonte das palavras insinuantes e tépidas, circundando o saber como ave errante ao migrar a esmo
I-magens fantásticas incontidas no próprio ser ao travessar vãos escuros e ventos inesperados para de súbito despencar no mar de luzes, prazer possuído de todos os cânticos e cores
R-etornando ao que fazem do riso modo simples e sábio de seguir viagem aos lugares de êxtases que a idade não conta
A-rrancando no ritual preciso em compulsão inevitável, da memória, sacieis aos sentimentos mais primitivos, transcritos assolam corações mesmo aos resistentes
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N-este meio tom tudo é possível, é mencionado, mutante hiberno na solidão, verso re-verso do inexplicável, mãos restituídas na noite que é vício
E-m retorno o espetáculo da vida, das forças elementares no corpo em espasmo cedido ao sono, melancolia e sentimento de um breve findar
T-ivesse que estilhaçar-se após um vácuo silencioso, apenas sibilos do vento com seus agudos e céu que a luz extingue-se, um novo ângulo no espelho da existência teu rosto redescobrirá outras razões desconhecidas para serem despidas
O mais deixará que as reflexões operem suas secretas e imutáveis transformações dilatando em si universo dinamizado não disassociado das evidências do outro.
#RIO DE JANEIRO(RJ), 08 DE NOVEMBRO DE 2020, 05:41 a.m.#
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