#OVELHA PERDIDA NO SOPÉ DA MANHÃ# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: DITIRAMBO ====
Senão no sentido espacial e temporal - oh, sentido de deuses os mais deificados! oh, sentido em louvor de que os olhos vertem lágrimas ardentes, o coração pulsa de prazer, a alma corrobora luxúrias! - onde observar outras vivências, vivenciares de destinar as contra-dicções obtusas das cositas de avaliar o mundo e os homens, vontade profusa de dilaceração, utopias onde brilham ideias, prismas futurais de vida fáctica, atrás das ansas do sublime, os raios brancos entrelaçados às faíscas.
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Quero chumaço da lã preciosa da ovelha, ovelha perdida no sopé da manhã, à mercê do lugar para si delineado, pastar solidariedade na grama viçosa, sem mais nada a querer senão dar vida ao momento, ao momento de pastagem solitária, o sabor da grama ultra delicioso, o clima ameno, ovelha alguma ao redor, muito menos o pastor... Sempre na posição de Senhor, as ovelhas pastam, o pastor espreme os miolos com futilidades, alimenta as hipocrisias com o olhar o panorama do vale, no seio dos íntimos no anoitecer descreve, conta toda a jornada do dia, saboreando bom vinho francês, acompanhando azeitona sem semente, ouvindo Beethoven. Assim caminham a paixão do desejo pela redenção e a fé no capim, alimente ele todas as carências, ausências e faltas.
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Onde as ruinâncias...
Das alturas
Ou se desce
Ou cai-se;
linguagem exornada a que tem ritmo,
melodia e canto,
estilo extornado de medos, carências,
habitando-lhe as transações cambiais
das perspicácias e corrupções;
e atavio adequado,
o serem umas partes executadas
com simples indiferença, e as outras, cantadas
cantos eufóricos, vozes fortes, presentes,
palmas, bate-pés, notas altissonantes,
a glória coscuvilhando tempos e eras,
... cujos mistérios, místicos enigmas,
Na solidão da alma, amenizam dores, anestesiam equívocos,
Todas as criaturas estremelicam
Diante das coisas que são surpreendentes,
Provocam-lhes o desejo de saber
Existe incentivo no romper grilhões,
No rogo de profecia,
Devaneios, desvarios dalmáticos
Determinem algo para o existir,
Existe o incentivo à consciência,
Poema re-verso ponteando cânticos ad-versus
À cortina de amplitudes do espírito
Que sonha o ser...
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A janela, aberta, convida ao longínquo, distante; delicado estilo de síntese, Palavras, Cores, Imagens, Sons; o espírito devaneia, desvairado, a preservação não faz muralhas primevas entre-linhas que esboçara; o verdum cognitivo flora, vaga mente,
A música depura a fraqueza, o obscuro...
#RIO DE JANEIRO(RJ), 30 DE NOVEMBRO DE 2020, 02:45 a.m.#
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