(DE UM NOVO TEMPO) ESPERANÇAS ECLODEM AO ALVORECER** MANOEL FERREIRA NETO : DESENHO/GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA PROSAICO
Em nome de
uma AMIZADE FIEL, LEAL, VERDADEIRA, uma Amizade para todos os Momentos, que Eu
e a minha Inestimável Companheira das Letras e dos Sons do Poema, Soninha Son(Sonia
Gonçalves), dedico este obra a Sonia Gonçalves, simbolo, signo, metáfora,
metafísica de Utopias e Sonhos, em uníssono com Graça Fontis, Ana Júlia
Machado. Bigadu, Soninha Son, por tudo. Natal de alegrias com os seus
familiares e amigos, Ano Novo de muitas conquistas e realizações. Beijos
nossos, Querida Amiga!
Trovões,
relâmpagos, ventania. A chuva fora forte, passageira. O clima está ameno.
Madrugada. Silêncio absoluto. Na madrugada, sono profundo e sonhos dentro ou a
vigília de pretéritos mais-que-presentes, é preciso ter asas quando se ama o
abismo, é preciso ter lembranças quando se re-veste os verbos de utopias do
tempo, é preciso os baldios da alma quando se peregrina no deserto do
in-audito, in-visível; palavras brotando na fonte límpida do há-de ser as primícias,
pre-liminares dos cânticos da vida sendo o espírito do eterno, re-cord-ações de
momento só instantes, memórias de instantes só miríades de luz iluminando
imperfeições mais-que-pretéritas do genesis ao lá-e-naquele tempo, em luzes
verdes o pardo abismo lança brincando felicidade para cima..
Poema sem
versos
Poema sem
estrofes
Poema sem
metáforas
Poema sem
linguísticas
Poema sem
signos
Poema sem
símbolos
Poema sem
sentidos
Poema sem
dito
Poema sem
interdito...
Nonadas de
nada. Travessias de vazio. Sentimentos, emoções, em cujas semânticas e
linguísticas orvalhos futurais sublimes respingam no tempo dos sonhos, no ser
das querências. Respingos serenos, suaves. Vozes planam sensíveis à mercê do
som dos tempos, música ambivalente, ritmo ambíguo, melodia dialética, a
roda-viva do mundo gira contínua. Acordes da ec-sistência. Sublim-itudes,
sublim-idades. Vazio de nonadas.. Nada de travessias. Sensações, a-nunciações,
re-presentações, re-velações. Melancolias, nostalgias, saudades.
Eu sem outro
Outro sem eu
Eu sem
sentimentos
Sentimentos
sem outro
Eu sem
emoções
Emoções sem
outro
Eu sem alma
Eu sem
espírito
Eu sem
instinto
Eu sem razão
Eu sem
verbos
Eu sem
sonhos
Eu sem
esperanças
Eu sem
utopias
Eu sem fé
Eu sem ossos
Eu sem
carne.
Eu/outro sem
harmonias
Eu/outro sem
sin-cronias
Eu/outro sem
sin-tonias
Outro/eu sem
uni-versos
Outro/eu sem
horizontes
Outro/eu sem
confins
Outro/eu sem
arribas
Outro/eu sem
espaço
Outro/eu sem
lugar
Outro/eu sem
sítio
Outro/eu sem
barreiras
Outro/eu sem
fronteiras
Outro/eu sem
margens
Outro/eu sem
linhas
Outro/eu sem
letras
Eu/outro sem
fonemas
Eu/outro sem
palavras
Eu/outro sem
frases
Eu/outro sem
períodos
Eu/outro sem
parágrafos...
Clássicos,
eruditos, editando os sonhos juvenis dentro do sono eterno de
"rosas-que-des-abrocham-na-fonte-originária-da
floração-do-alvorecer-de-todas-as-esperanças, do olhar à distância e sentir o
pleno das plen-itudes", minha própria alma é esta chama: insaciável de
distâncias novas lança ela para o alto..." Sou as palavras que me
procuram, sou os verbos que me desejam, sou as metáforas e pleonasmos das
náuseas que me desejam para o voo sob o abismo, de por cima das cavernas e
grutas de estalactites, sobre as luzes que plen-ificam a floresta, etern-izam
os mares, peren-izam os desertos... E, quando sou tudo isso, feito, per-feito,
pro-feito, pos-fazido pelos in-fin-itivos mais-que-indicativos, sinto em mim em
plena efervescência, eivado de todas as chamas da lareira, é preciso interiozar
o ser do abismo para trans-elevar os baldios das desejâncias aos picos das
SUBLIM-ITUDES.
Sonhar a
poesia, sonhar a poiésis do poeta, passeio em todos as esperanças do homem, da
humanidade...
#RIODEJANEIRO#,
21 DE DEZEMBRO DE 2018#
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