#ESPÍRITO DO VERBO E SUBLIME# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Aos amigos
queridos e amados, Antônio Nilzo Duarte e Eliete Araujo Duarte, os nossos
sinceros e espirituais desejos, votos de um Natal pleno de felicidade e um Ano
Novo de muitas conquistas e realizações. Beijos nossos!
Nas águas
cristalinas do silêncio,
Seguindo as
terrenos silvestres,
Sinto a
profundeza com que em meu ser
A idéia da
irremediável permanência
Da esperança
aproxima a imagem do destino
Ao sonho do
espírito do verbo e sublime,
Na solidão
do rio sem pressa,
Seguindo as
margens, sinto o espírito
Da Verdade
que pro-jeta a felicidade e alegria,
Comunga o
amor e a amizade,
Adere a alma
do espírito ao ser do verbo.
A voz
sufocada dos momentos de solidão,
O murmúrio
da dor latente no peito,
Sussurro da
náusea diante dos nonsenses humanos,
Cochicho da
angústia frente às á-gonias do vazio inóspito,
Como um
sentimento de vacuidade
Que me
ameaçasse o coração,
É a imagem
re-fletida na camada mais profunda
Dos caminhos
misteriosos da palavra que a-nuncia
Os terrenos
silvestres às margens de águas cristalinas,
Assim o
vinho gelado concebe nos interstícios das perquirições
O sêmen da
liberdade que se revela no mergulho silencioso
Faz-se
presente e projeta a sensibilidade ao ser da alma
Onde residem
tristezas, mágoas, ressentimentos
Concebendo
dimensões sensíveis e sensibilidade
Para
dimensionar espiritualmente a vontade do há-de ser.
Mergulho em
todas as palavras, penetro-lhes os
Sentidos,
ininteligíveis ou inconcebíveis,
Metáforas,
inauditas ou linguísticas
Estesias,
espirituais ou incontinentes,
Vivo
sentimentos outros, vivencio desejos outros,
Sinto
querências outras dentro de única esperança,
Con-templo
desejâncias outras nos recônditos de único olhar.
Viver vida
diferente,
Ser
diferente à luz de águas cristalinas
- meu olhar
ressurge como um
raio vindo
misteriosamente do subterrâneo do espírito.
No limiar do
agora
Que se tem
perdido para sempre,
Que se
perdeu no sempre do limiar
Que no
sempre perdeu o limiar,
Que no
jamais confundiu-se nos solstícios
Da soleira
do infinito,
Entre os
liames do nada e do ser,
Entre as
bordas do sofrimento e da felicidade
Levado pelo
mais brando vento,
Pelo mais
inaudível sibilo entre serras,
Pelo mais
misterioso som da balada do não-ser
E a
balalaica do ser,
Respiro uma
vida profunda,
Suspiro um
espírito abissal,
Re-velo
sentimentos delicados,
Exprimo
emoções diversas, in-versas e re-versas,
Modelo-me
com a facilidade de uma máscara de cera:
Tudo o que
corresponde a signo interior, alegria ou tristeza,
Cólera,
melancolia, nostalgia, saudade,
Ou esse
poderoso hausto de vida que parece,
Às vezes,
Inflamar-me
a alma sensível
Como chama
de puro entusiasmo,
Inocente
êxtase,
Ingênuo
prazer
Puro clímax.
O segredo da
fascinação, do amor pelas águas cristalinas,
Essa
presença que vagueia, que anda por entre o verbo e a Carne, no interregno do
verso que regencia a metáfora,
Sin-estesia,
cavando o abismo de outros sentimentos,
Cuja
aparência é a passagem dos terrenos silvestres
À
cristalidade do ser e do sangue que percorre as veias
E que
cintila ao mesmo tempo.
#RIODEJANEIRO#,
11 DE DEZEMBRO DE 2018)
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