ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA ANALISA O POEMA #BRANCAS PÁGINAS DA EXISTÊNCIA DIALÉCTICA#
Presumo que
este texto, deveras intrincado de Manoel Ferreira Neto intitulado #BRANCAS PÁGINAS
DA EXISTÊNCIA DIALÉCTICA# seja uma afinidade que concebe ao processo da
escrita, onde não deixa de fazer a sua crítica, à morte, religião, fantasia, ao
medo e que tudo pode conter numa folha que esteja em branco. Como refere se
Existisse coerência
Harmónica
que harmonizasse de espaços dispersos,
Desmaiadas
sombreadas sensatas,
Obscuridades
apavoradas,
Existiriam
sutilezas de narrado com compreensão, com a idoneidade de entender, de
assimilar através dos sentidos ou do intelecto, ou conjuntura de visão
A iluminar
eloquências indeterminadas,
De pequenez
ofuscantes,
Apostolizando
os poemas intemporais, o ato de coordenar as reflexões no papel.
A folha de
papel é encarada como linfa gélida onde os verbos “boiam” e o verbo como
reprovação que sepulta. Nesse caso, a voz do eu sentimental faz uma alusão à
construção e disposição dos verbos e das proposições dentro de um teor. A
partir do verbo se disseca as excessivas pertenças do texto como, por exemplo,
a conciliação oral.
Ao
arremessar as fantasias no papel, os verbos de superior “fardo” são os que
facultarão excelência e sentido ao escrito. Esse verbo como ícone na proposição
ao passo que ornamenta ela motiva real estorvo no sentido de aligeirar a
celeridade da erudição, pois atiça a meditação do leitor que é aliciado até o
desfecho do texto.
Michelangelo
verbaliza que para compor uma modelação ele somente extrai o sobejo. Umberto
Eco sustenta que a substância (o vocabulário) já possui o registado; o que
carece é indagar o que é vantajoso para se utilizar na circunstância. Eco
sugere, apreendo eu, que todo poema ou toda obra literária de especto lato já
está habilitada e o escritor carece, simplesmente, indultar das locuções
supérfluas.
E termino
esta analise muito complicada e filósofa a este texto que cogito que condiz com
o que o escritor pretende verbalizar
Em mim causa
estio, frio, queda da folha e desabrochar da mesma.
Em mim
sente-se o arrefecido, e ardor...
Em mim
habita um escasso de totalidade, de totalidade parca
Dita,
melancolia, exultação, aprazer, aljôfares.
Em mim povoa
os adornos, as pigmentações, os bem-quereres.
Em mim
fiscaliza a convicção, as dubiedades, a precisão, a embustice.
Em mim
jornadeia as recordações, a nostalgia, os instantes.
Em mim mora
as sensibilidades, os equívocos e desencantos.
Em mim
habita o eu, na indagação do descobrimento de quem
Deveras sou
!
E
tão-somente no que existe não ser que indeterminado o isolamento do
emudecimento, reciprocamente, abala e chega, a "perpetuidade em si
mesmo" não existisse.
Ninharia...
Fugaz...
Oco...
Agonia...
Pavor da
ninharia.
Pânico do
nojo.
Terror da
realidade.
E assim se
vive, e na Cãs folhas do ser “dito” lógico, onde a hipocrisia, a falsidade, o
medo e a fantasia existem e entram todos em uma folha nem que seja branca e
verbaliza tudo.
Mais uma
vez, sinto-me à toa com um texto tão complexo e que nunca sei se é o que o
escritor pretende, mas é o que analiso nas entrelinhas. Claro que haveria
muitos mais caminhos por onde entrar, então co campo da filosofia seriam
imensos com vários pensadores.
Ana Júlia
Machado
#BRANCAS
PÁGINAS DA EXISTÊNCIA DIALÉCTICA#
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: POEMA
Epígrafe:
#É no reter
o presente assegurando tempo e coisas neste chão de desgarrados o preterizar
poético#(Graça Fontis)
Houvesse
congruência
Congru-ente
que congruencializasse
de espaços
esparsos,
Pálidas
sombras re-fletidas,
Brumas
estarrecidas,
Haveria
nuance de pectivas ou ponto de vista
A a-lumbrar
verbos in-fin-itivos,
De
"itivos" des-lumbrantes,
Evangelizando
os cânticos clássicos,
a perfeição
eidética no ritmo e melodia, e eruditos da esperança érita futural de as
con-ting-ências do medo e insegurança do desconhecido, clássicos da poesia e da
utopia, ana-sabido serem luzes a alumiarem a sensibilidade e percepção, ipsis
lubriarem a intuição e inspiração, no eidos delas está inscrito, prescrito,
pers-crito dimensão além-essência, além-futural da sabedoria espiritual que
eivam as divin-itudes do in-trans-itivo verbo amar, verbo de cactus
in-fin-itivos e lilases eternos, brancas páginas de dialéctica da existência
dialética.
Houvesse a
in-verdade do ser que re-colhe, a-colhe os verbos da plen-itude,
a plen-itude
não verbaliza
a plen-idade
não re-vers-aliza
a plen-itude
não começa
no in-verso
para revelar a
verdade
in-audita,,
não continua
no re-verso
para
despertar ,
o som da
música no
silêncio da
solidão mais íntima,
não terminam
no ad-verso
para abrir
janelas e portas do infinito
iluminando
os desejos, anseios, vontades,
alimentando-se
deles para a con-tinuidade do tempo e dos desejos percucientes das iríasis
supremas e divinas do In-finito, que, encarnadas na alma do espírito,
trans-elevam as efemer-itudes ao ápice dos horizontes, onde se re-fazem e
tornam-se sementes viçosas para o entendimento de que no fim do arco-íris, da
tempestade, da bonança, o egrégio sonho do perene, o perene do sonho egrégio, a
"boa nova" do evangelho do nada e efêmero, pres-[ent]-ifica as
glórias do ser-de, haveria o nonsense, sense-non de que a vida em todas as suas
dimensões sensíveis e racionais nada é senão a morte como eidética da redençãp,
a eidética
não morre a redenção do nada
o nada não
eideticiza a redenção da morte,
todos os
pecados capitais e veniais divinamente perdoados, cremados, sepultados, os
restos cinéreos na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, o paraíso deles é
a consumação do volo da felicidade idônea e lídima, nada é senão o fenecimento
como fim de todas as náuseas, raízes da castanheira da dialética entre a
liberdade e a bastardia, da dialética dialéctica da sabedoria e do conhecimento,
todos os vômitos nas desérticas madrugadas, antes e depois de o galo cantar,
nada é senão o apocalipse que endossa a essência do nada no inferno do vazio,
vazio do inferno na essência do apocalipse que endossa o nada do genesis.
Houve a
cinza cinérea e de sombra acinzentada, velando e des-velando os in-auditos do
tempo e do ser, do nada e In-finito, do efêmero e Absoluto, mister seria,
condição sine qua non, re-verter, in-verter, in-versar e re-versar a plen-itude
da vida que ´o Verbo do Ser volando as trans-cendências do In-finito, trajeto e
per-curso para o além de todos os ab-solutos que, alfim, tempo, pres-en-ifica,
haveria, não há duvidar, a nonada da travessia in-vert-endo no gerúndio dos
subjuntivos e in-fin-itivos partícipios a morte em pauta, a vida em declínio, a
liberdade e a consciência em ascensão, declínio e ascensão a-versando o
espírito da alma da vida, desde o caos, fonte originária do cosmos.
Se
etern-idade houvesse, a vida, si mesma, seria olvidada, alfim todos os caminhos
levariam a ela, "enquanto" só as verdades podem dizer o ser, só o
"ser é côdea de pão" para des-fomentar a carência, verbo de alegrias,
regências nominais, ad-jacentes aos modos verbais da entrega in totum às
querências e ad-verbiais desejâncias da leveza de estar-no-mundo.
Mas a
etern-idade é o sentimento pleno de plen-itudes, "itudes" do eterno,
da consciência de ser sempre a ipsis do litteris versais, des-versais,
con-versais, ad-versais de todas as buscas, fantasias, é no tempo que se
real-iza, o tempo é sempre in-finito, apesar de que o in-finito é a forclusion
do tempo, por toda a etern-idade o sonho supremo do ser-com o efêmero.
Dialética...
Nonsense...
Contra-dicção.
Mãos vazias
de palavras que re-flitam os sentimentos dos verbos de estesias, devaneios,
idílios, volúpias, na alma seren-itudes das estrofes de sin-estesias, na
memória miríades de re-cord-ações não verbalizadas.
Medo do
nada.
Medo da
náusea.
Medo da
verdade.
Olhos
efusivos, neles sombras e luzes, nas pupilas a imagem de bosque sinistro,
enigmático, misterioso, convite ao devaneio, desvario em andanças por todos os
seus sítios, inclusive cavernas, grutas, des-cobertas inomináveis,
acrescentando para enfatizar, indescritíveis, inestimáveis.
Mãos vazias
do verbo in-fin-itivo, que, no ínterim de travessias e nonadas, solsticiam as
esperanças ad-nominais às éritas iríasis das sorrelfas que, longínquas e
distantes, se a-nunciam, começo dos desejos se perderem no trans-curso de
linhas in-visíveis e in-auditas do perpétuo rumo ao des-conhecido, vai-e-vem de
luzes e trevas, vice-versa de pretéritos indicativos, pretéritos perfeitos,
imperfeitos, até mais-que-perfeitos, no presente e subjuntivo, o ab-soluto não
dá saltos, não é de grão em grão colhido na areia da praia que as gaivotas se
alimentam no alvorecer e alçam voo profundo sob os re-flexos dos raios de sol
nas águas do mar e no anoitecer, só Deus sabe onde repoisam.
Se a
eternidade houvesse.
In-verdade!...
Mentira...
Mãos vazias
de efêmeros que são cinéreos húmus para a concepção, no útero do silêncio dos
in-visíveis visíveis que a-nunciam as érisis, doando-lhes os dons e talentos,
dádivas de in-versarem e re-versarem o "ser" da liberdade,
impressionante mas a liberdade carece sempre do "in-consciente
paradisíaco", o con-templar com os linces da intuição primeva o
interstício do silêncio que precede o eidos do tempo, a eidética da
ek-sistência, e nas paisagens bordais e fronteiriças re-faz-se com outros sêmens
do verbo, volos, clímaces e gozos... Segue glorioso o ab-soluto do nada, e só
no que há-de não ser que in-fin-itiva a solidão do silêncio, vice-versa,
vai-e-vem, a "eternidade-si" não houvesse.
Nada...
Efêmero...
Vazio...
Náusea...
#RIODEJANEIRO#,
12 DE DEZEMBRO DE 2018#
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