Sonia Gonçalves POETISA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O POEMA #LÍRICA DAS AUSÊNCIAS# $$$
Muito Lindo seu texto Manoel Ferreira Neto. Esse teu olhar realmente contém uma constelação imensa de estrelas, um lume de inspirações, os lapsos de memória dos tempos longevos faz parte da nossa evolução rsrsr muitas memórias para guardar, muita estória que virou histórias e vice-versa, suas prosas, seus aforismos, seus poemas, seus contos só me trazem encantos e admiração pela sua imensa capacidade de criar e expressar a linguagem erudita mais bonita que há.Parabéns Manoel Ferreira Neto✍️👏👏👏👏👏
Sonia Gonçalves
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Bem, Soninha Son, deixe-me explicitar este poema. Neste sábado, pela manhã, sentado na varanda da residência de minha cunhada Ylda, em Iguaba Grande, o nome Samantha Logis surgiu-me na mente. De imediato, ouvi uma voz ainda longíngua, ouvi-lhe o som. Não relacionei Samantha Logis com nenhuma mulher de minhas relações, amigas e minha esposa.
Pensei comigo que Samantha Logis era a voz de minha autocrítica. Samantha Logis começou a dizer-me as coisas, foi como se ela estivesse diante de mim num diálogo. Fui ouvindo e escrevendo os versos como se ela houvesse dito fazia algum tempo. Após escrito e lido, que me levou vinte minutos para escrever,, num fluxo, compreendi e entendi que Samantha Logis é a ANIMA que me habita o "Eu Poético" e a "Consciência Estética". Assim nasceu a obra. Refleti tudo o que Samantha Logis me dissera, percebendo que ela cobra de mim adentrar-me mais profundo nos cofres de minha inconsciência. A minha obra carece de mais profundidade, antes que me perca nos poderes da Língua, exímia tagarela, da linguagem e estilo literários, filosóficos, poéticos.
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Gracias muchas, Soninha Son, pela sua amizade e reconhecimento de meus dons e talentos das Palavras.
Beijos nossos, querida.
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#LÍRICA DAS AUSÊNCIAS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
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Dissera-me Samantha Logis:
Ando sobremodo devagar para alcançar
Os projectos essenciais da vida.
Olho as coisas do mundo com indiferença mortal.
Verbalizo sentimentos e idéias que surpreendem
Por revelarem silêncios místicos.
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Penso o pensamento que pensa as carências do saber.
Sonho o crepúsculo da liberdade ampliando as ausências.
Silencio profusamente o que
Me habita os medos e insegurança,
Não sou feliz por haver longo tempo que não ponho
As cartas do jogo sobre o forro de mesa das ilusões fáceis,
O que não poderia ser porque careço de mover
Os átimos de segundo em que a coragem revela o fogo
De minha mente.
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Careço de rasgar os verbos da rebeldia, insolência,
Antes que a língua esqueça o som das palavras,
O ritmo das emoções e utopias da alegria,
A melodia do intelecto que envasa com ardor o sujeito
De lapsos de memória de tempos longínquos
O arranjo da ternura, carinho, entrega, meiguice
Musicalizando a sensibilidade frágil.
Falta-me aquela humildade que deve habitar a alma
Diante de expressar as revoltas do mundo
Que anda cego frente à longitude dos verdadeiros ideais
Da moral, da ética, da estética do real e da poesia,
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Bebo o vinho das utopias, expilo a fumaça do cigarro
Lentamente, o sabor se manifesta suave e sereno,
Mostro o que não sou e sou o que não mostro.
Interdito verbos e regências para não pronunciar
O que gerencia os desejos e vontades da perfeição.
Componho canções e baladas com a lírica das ausências.
Se me exilo na caverna de estalactites gotejando água fresca,
É que intenciono atingir a autenticidade do intelecto.
Se me amo com fervor e ardências o silêncio,
É que não sei conversar, não sei dialogar temas comuns.
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Preencho os vazios presentes na alma com as estrelas
Cintilantes intencionando a penas a algazarra, burburinho
Das constelações.
Contemplo as ondas marítimas com o olhar faiscando
De mistérios e enigmas.
Sou viajante solitário na carruagem das contingências do nada.
Sorri-lhe o sorriso de quem primevo ouviu a voz do saber,
Samantha Logis observou a caliência de minha insolência.
#RIO DE JANEIRO(RJ), 15 DE AGOSTO DE 2020, 13:04 p.m.#
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