Manoel Ferreira Neto ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO ANALISA O POEMA Desistência, de Sonia Gonçalves $$$
TRAGÉDIA DA VIDA? TRAGICOMÉDIA DO MUNDO E DOS SONHOS NÃO REALIZADOS? Após os dramas, conflitos, fracassos, frustrações da humanidade no quotidiano da existência, o "... outro lado do além...", a poesia para a viagem à busca de outros olhares os prismas da existência que se alimenta a cada dia de utopias, sonhos de outros tempos, outras realidades, visões re-fazidas e refeitas de pensares e sentires, dos sentimentos, emoções, sensações comungados na sensibilidade de intuir, perceber, inspirar os verbos da solidariedade, compaixão para poder criar, inventar, re-fazer os horizontes do tempo. Alguém íntimo, Amigo, fizera-me a pergunta: "O que são sessenta e quatro anos diante da eternidade? Muito pouco.", o que encaixa como luva nisto das tragédias da vida e da morte, jamais desistir de superar, suprassumir, transcender as contingências, ter coragem para as dores, sofrimentos, compreender e entender que a vida construída e delineada nos sonhos da poesia do verbo ser é eternizar os caminhos no mundo, a vida continua além da poesia das dores e sofrimentos, continua nas sendas do espírito, da espiritualidade, o que eleva o homem acima de si mesmo. Amar e sofisticar a quimera, a fantasia, desejando o verbo de Existir a vocação do homem, a espiritualidade, o Espírito do Verbo e do Ser. Não desistir é um Dever, o poder de um ser que é livre e independente para se criar a si próprio, está sujeito à sua própria personalidade, ao mesmo tempo que pertence ao mundo inteligível.
Manoel Ferreira Neto
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DESISTÊNCIA
Vencida a resistência
Voltemos aos corpos com resiliência
Quando há falência dos órgãos
Os músculos de tão rijos não sorriem
Quais tantos múltiplos somam exatos
Se dissipam aos pares se dividem
Nada mais se pode fazer contra os fatos
Nesse caso deixa-se os restos mortais
Encerra-se a luta e as desculpas banais
Desligam-se as análises e as diálises
Tudo baseado na mistura dos corpos
Em levedura dos crescentes desejos
Na loucura que compuseram tais beijos
Desistência
Pode ser sabedoria também
Para não mais sofrer em vão por ninguém
Joga-se a toalha molhada de suores encharcados
Sobre a cama onde a coxa se estica
Ao deleite extraído da pele sofística
Que supostamente ama e sofistica a fantasia
Enxuta a alma depurada de pecados ceifados
A seiva da criatura ao mel bem elaborada
Vai buscar a ceiva boa onde circula poesia
Talvez do outro lado do além...
No Nascer e pôr do sol nesse vai e vem
Lá onde um trem de alegria tem
E vem pra gente viajar com ele todo dia...
Sonia Gonçalves
Son Dos Poemas 100%SMG
#RIO DE JANEIRO(RJ), 13 DE OUTUBRO DE 2020, 05:23 a.m.#
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