#CAVERNA DE PALAVRAS E PENSAMENTOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ----
Dialogo explícito senões e afins,
Achas na lareira das perquirições,
Acendo-as com o fogo da paixão,
Por descender íntimo e congênito
De rebeldias e sarcasmos,
De irreverências e ressentimentos,
Por que não flamejar as chamas
Con-sentindo as labaredas faiscantes
Virarem imagens subjetivadas de orgulho?...
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Senão de con-sentir
O "vago nefasto"
Vagabundear por entranhas
As mais sinistras,
Seria "minh´alma ruir",
Suas dimensões ruídas naufragarem no oceano
Dos tormentos e ânsias,
Deixando-me devanear o "coração cego",
Aspas indicando intertextualização de
Senões que dialogo, as jogadas no pôquer
Dos "passos vagos", à mineira, quando
Passeava nas praças públicas, no domingo,
E o olhar as vias das jornadas...
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Afins que explicito dialogo,
A carne fresca e deslizante não
Identifica a ardência das chamas
Aos recônditos d´alma, humanidade do ser,
Resvala o instinto na linha da iniquidade,
Lamentável beleza sem essência,
Inconcebível diálogo interior sem
As perspectivas exteriores,
(apenas o véu a encobrir o nauseabundo),
A natureza servir de apoio do tempo,
(Medo da velhice mais substancial,
Desolação por deixar a vida,
Esta que nada, qualquer outro bem a substitui,
Ocupa seu lugar),
Sombras de nossas percepções, os pensamentos,
Sempre mais escuros, vazios
E simples do que elas.
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"Dialogo, me logo rogo" ruído de meus passos
Estremecerem violentamente,
Voltarem-se ao mesmo tempo,
Ver que meus olhos inquietos
Dirigem-se para mim,
Depois para atrás de mim,
Para ver se vem
Mais alguma outra coisa,
Dou por mim sem fôlego,
Não aprecio quaisquer virtudes negativas,
Virtudes cujas essências são
A própria negação de si mesmas.
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Só quero ter a consciência livre,
O estômago deve, em última instância,
Tornar-se indiferente a tudo o que
O ocaso ad-versado de acaso,
In-versado de coincidências,
Re-versado de quiçás
Da existência despeja nele,
Só aspiro pela liberdade
De dialogar metafísicas do diálogo
E o vazio das metáforas
Dialogo o inter-dito de visões e sonhos
Ad-versos, mas comungam-se nas utopias,
O horizonte parece novamente livre,
Mesmo que sem ser claro,
Encontro com os ideais.
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Dialogar:
O mar aberto,
Talvez nunca tendo existido
Um mar tão aberto,
Há rios que nele desembocam
Ampliando as águas
Do espanto, da imaginação,
Esperança,
Do conhecimento
Inda que mais antiquado que a cidade
De Braga, o diálogo com os devaneios
Da sensibilidade e o intelecto é impossível,
Onde a subjetividade?
E o diálogo com os desvarios da razão
E a imaginação fértil, é impossível,
Onde os instantes?
#RIO DE JANEIRO(RJ), 07 DE OUTUBRO DE 2020, 10:56 a.m.#
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