MACUNAÍMAS DO LAZER INSOSSO# GRAÇA FONTIS: PINTURA(A PSIQUE FACIAL) Manoel Ferreira Neto: POEMA ----
#O mais confiável é aquele que deve ser observado de mais perto.# (STALIN)
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Quiçá seria que o vazio pudesse dizer,
pós angústias, tristezas, medos, desilusões,
ocasionados pelas con-ting-ências do efêmero,
nihilidades do real envolvido
com a materialidade da imanência,
seu mergulho no abismo outra intenção
não seja senão procurar encontrar no nada
alguma pectiva do vir-a-ser,
alguma pers de quimera para alçar vôo,
Sobrevoando mares, desertos,
pectivas de sorrelfas para in-vestigar
e idílios pectivos de querenças para trilhar
a poeira das alamedas,
entregar-se e superar-se,
libertando-se dos laços com a memória
das situações e circunstâncias
dos éritos do tempo,
sendo ele apenas emocional e não psicológico,
sendo ontológico e não psíquico,
metafísico e não metafórico,
mas nada responderia o nada ao vazio,
pois sua eidética é vivencial e não vivenciária,
nela não habita qualquer fonte
de salvação para o vazio,
aos linces de uma visão-artística
desta busca da estética do verbo alicerçada
no eu-poético, e não ontológica,
simplesmente se entrega ao efêmero,
re-colhendo e a-colhendo dele
as experiências adquiridas no estar-sendo
no meio das coisas,
no meio das ipseidades do ser-com as náuseas,
vivências acumuladas no sendo-em-sendo
das esperanças e sonhos do eterno,
no picadeiro das dialécticas e contradições,
dele adquirindo o verbo das possibilidades,
expectativas de encontro com o horizonte do vir-a-ser.
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"O mais confiável é aquele
que deve ser observado de mais perto."
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Pretéritos im-perfeitos
de macunaímas do lazer fútil e insosso
tangenciando os nonsenses de contra-dicções,
cosseneando os despautérios embrulhados nas perspicácias,
ab-surdos da dialéctica do eterno e efêmero,
co-tangenciando de pectivas de nonadas
os desejos mais que abissais
da travessia leve e solene da melancolia
à hermética e prolixa paisagem do in-fin-ito,
co-senando de pers de in-fin-itivos volos
e volúpias da passagem das in-congruências
das dores e sofrimentos à desarmonia
entre o crepúsculo e a madrugada de orvalho
que toca a grama dos vales e florestas,
senando de gerúndios e particípios êxtases
as bordas e frontispícios do além
onde os sons do universo bailam
no ritmo e melodia de confins,
e as águias, condores flanam leves e soltos
sob o fluxo do ar e dos ventos.
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Nada do vazio das utopias da verdade
que traçam o croqui das arribas
em pleno conúbio com as cores do arco-íris,
que controversa as falácias além do bem e do mal
e os dogmas da verdade,
que ad-versa as verborreias do sublime
e a poesia da estesia da alegria e felicidade,
que re-versa as cristãs utopias da ressurreição
e os sonhos pagãos da redenção,
que in-versa a escravidão às etiquetas da virtude
e a libertinagem dos valores éticos e morais,
Vazio do nada que jornadeia
atrás das constelações
eivado de fissuras e compulsividades
do egrégio encontro com o re-verso
da cintilância das estrelas,
brilho da lua.
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Nada de vazio obtuso
que nas sinuosidades das sendas e veredas
ao longo do silvestre do campo
mergulha no abismo para ouvir
os sibilos suaves do vento,
que penetra nas grutas
para escutar as gotículas de água
pingando nas maquines do tempo,
que exila nas cavernas
para refletir as idéias,
As contingências da existência.
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Pretéritos perfeitos de paulicéias desvairadas,
carioquicéias tresloucadas que ins-crevem
na lápide dos solipsismos e facticidades
os mandamentos que regem levar
a vida aos sons do violino,
aos acordes da flauta,
aos ritmos do piano e da guitarra solo,
tangenciando e co-tangenciando
os paradigmas
do aqui-e-agora e do instante-limite.
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"O mais confiável é aquele
que deve ser observado de mais perto."
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Nada de obliquos
habitando o vazio que
nas curvas dos becos plenos
de mistérios e enigmas
sarapalha as ruminâncias íntimas,
gemidos recônditos,
uivos subterrâneos para se sentir
menos ansioso de vômitos,
crise vascasina,
diante da existência sem rumo,
sem destino - quiçá assim pense
para amenizar o cansaço intelectual,
mental em que me encontro,
noutra ocasião retifique,
e #aprés-ente" o que penso.
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Nada de eterno.
Nada de etern-itude.
Apenas etern-itudes que
se pro-jetam no além,
poiética da trans-cendência,
poética do que precede a con-tingência.
E no mergulho do vazio no abismo
ele intenciona o ente do transcendente
com que per-vagar no baldio
das contradições e dialécticas
da morte na alma,
sonhando com a liberdade do corpo,
encontro com a outra vida
de prazeres e felicidade, o ser absoluto.
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O vazio protela éritos,
tem-lhes na condição de sabedoria,
na palma da alma das
gnoses do vento tripudiando
e engabelando as proscrições
da verdade efêmera, volátil, volúvel.
O nada nada protela,
nada posterga,
sempre livre para o outro,
outros do efêmero,
substratos de suas con-ting-ências.
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O nada é a esperança,
é o sonho virgem,
a expectativa pura e poética da Verdade,
verbo completo de modos
para ser conjugado nas iríasis dos desejos,
vontades, volos da esperança.
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O nada é a esperança da verdade,
no tangente à metáfora do
verso poético do sublime
que eiva a vida de fantasias e sorrelfas,
sob a luz cristalina do vir-a-ser,
sob a ribalta da alegria ad-vinda
dos pre-núncios e a-núncios das
éresis dos echos do inaudito
que só a "coruja" sabe com excelência
cantar no seu galho da madrugada
na esperança do alvorecer,
o outro outro da vida que eiva
o "nada" com dimensões sensíveis
da sublim-idade que esplende
suas miríades do uni-verso
ao "nous" das querências,
desejâncias do Amor pleno
de absolutos do Ser.
A vocação divinária do Ser-Espírito do Verbo.
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Vazio do Nada.
Liberdade de suprassumi-lo
com a poiésis poética
do amor plenamente entregue ao Efêmero,
continuidade de Verbos e Modos do "Ser".
#RIO DE JANEIRO(RJ), 11 DE OUTUBRO DE 2020, 10:06 a.m.#
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