#ONDE AS PALAVRAS NÃO ZERAM AS MANHÃS# GRAÇA FONTIS: FOTO(ARQUIVO) Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: AFORISMO ====
Diálogo "ex"-plícito,
Passar para outra língua o ininteligível, incognoscível,
Outrora ilícito,
Hodierno, não ilícito,
Densas trevas pairam
Des-armônicas ao apetecido objeto
Mentor das incitações dormentes do coração,
Chovem ouros no pensamento, nos ideais,
Chovem diamantes na estrada da sensatez inversa.
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Por desvarios da linguagem
Interditos sentimentos floram conceitos,
Entre-linhas de sensações serviram às definições,
Ambíguos de compreensão, vestígios de idéias
Perdidas nas contradições da nitidez e nulidade
Desejo da alma de expressão dos interstícios
De ilusões, fantasias que servem a propósitos
Exclusivos, a liberdade do destino,
Do céu até ao chão, abstrato até o real,
Do Éden ao Hades,
Ser criada con-sentindo devanear o "coração cego",
Desvairar a "alma silenciosa", reverberar as perquirições,
Sentir à revelia dos instantes
A memória da consciência
Abrindo as venezianas da prima-obra
Da inspiração sonetizando a sabedoria,
Intuição, pensando o pensar-sentir do saber,
Intelecção poemando o saber, intuição e percepção,
Poeiras e sombras, terras per-corridas,
Sentimentos, realidades,
Hodiernas utopias de ritmos
Da entrega simples,
Daquela fonte fervilhante da vida em que
Pudesse ocorrer contexto continuado
Entre o ser de Deus e o nosso,
Reconquistar-nos pela autotransparência
Em uma autoconsciência universal.
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Dialogo o sujeito aberto
Há perspectivas de depurar a fragilidade das carências,
Há nuances de obliterar os nonsenses, despautérios,
No romper os grilhões, dentro do tempo,
Inscrevê-lo no papiro das vivências,
No livro profano, herege das experiências,
Con-versando ausências re-versadas de por ventura
A ventura não se dar com versos de ausências,
Por verbos de ênfase, trocando dedos de vazio,
Ao sopé da fogueira, a verdadeira autorreflexão
Liberada com sentido,
Só existe em um despertar rigoroso,
Legitimamente despertado
De modo que o outro seja impelido para dentro da reflexão
De forma desconsiderada,
Entabulando as metafísicas das faltas,
Arrabiscando as intenções do encontro do Ser,
Do juízo em sublimes cantos de esperança
Paixão do prazer de in-vestigar as nuances
De concordância com o tempo das vaidades
Ampulheta dos orgulhos manifestos,
Produzida pela língua de volta ao estado originário
Onde as palavras não zeram as manhãs
Artificiadas de verbos rasgando as verdades
Auscultadas e ouvidas,
Des-velando,
Des-nudando,
Tecendo as sendas sublimes do eterno
Esperanças luzidias do Ser aberto,
Chamejando o desejo do "Eu".
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Dialogo
As razões de minhas quimeras,
Dentro e fora, visões de sim e não,
Pedindo um pouco mais de alma,
Refinando o sentimento de existir
Por entre as linhas singulares e plurais,
Fala-se em ruinância, perstrução,
Destrução, larvância, reluzência,
A vida ser rara
Vozes aderindo no abismo do silêncio
A perfeita união do desejo entre-linhas
Compondo o estilo da liberdade
De expressão sob a luminiscência.
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Inconteste, é o sentir noturno
Reiterativo neste quadrangular obscuro
De nada exausto-me, mas sou rompedor em exalação
Caçador?
Só ao revelável no sopro balançante das acácias
E ao distinguível ou ao que se distingue
Às luminâncias do endireitamento pensante
Sem esforços hercúleres na ferramenta de poda
Detido e coeso ao coração alvoraçado
Num alarde arabescado do inusitado
Apenas mais uma noite, que fosse!...
Desde a claridade lunar obstruída
Onde o previsto resplandece
Ao diálogo aberto à própria consciência
Para que se afiance o entabulamento
Às orlas metafóricas
Salvas aos ditos em realce
São falhas, faltas e intenções
Desmonto-as e amasso as ideias
Reversíveis entre os parenthesis sonolentos de décadas
À busca da liberação dos versos susceptíveis às versalidades
Dimensionados ao espírito irrequieto, sem repouso
E num manejo exemplar a tesouros perceptíveis
O que mais apraz-me?
A secretude sinuosa e inefável dos aromas
E como os distingo?
Do jasmim dos perfumes rosáceos
Indexados estão nas lembranças
E em todas as sensações, ininterruptos
Somatizados ao "eu lírico" em expansão
Quiça alinhado a outras vidas interativas
No mais, a visão sem curvatura
É um grande espetáculo
Para o aborígene atento ao píncaro das montanhas
Aos sins e nãos nas entrelinhas das desejanças
E do futuro incógnito, já existido...
Tornar-me-ei herança com uma grave expressão de um
por-de-tarde breve
Que o tempo arrebata, absorve
E a consciência rebelde não mais se manifestará
.... Mas ainda existo!... A natureza assiste e vela...
#RIO DE JNEIRO(RJ), 01 DE DEZEMBRO DE 2020, 15:45 p.m."
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