PINTORA ESCULTORA POETISA GRAÇA FONTIS COMENTA O ENSAIO /**À LUZ DE UMA SÍNTESE DA PINTURA E DO AFORISMO**/
E é sob a luz deste magnífico comentário que
delibero timidamente meu agradecimento pelo seu reconhecimento e carinho com
tantas palavras até então inauditas nessa minha longa jornada, meu querido -
digo tímida por não ser tão íntima das palavras quanto você ao gorjeá-las
destemido e imponente com fruidez ao cerne das mesmas; a exemplo deste belo
parágrafo: É só olhar, observar, perquirir, perguntar, indagar, se um silêncio
introspectivo, circunspecto fará as pedras cantarem ou se o silêncio é o sibilo
dos ventos.
Lindo... e nessa incontestável amizade com as
letras, finaliza majestosamente com comentário elucidativo do próprio texto!...
A meu ver caro Escritor... ao contrário do que diz... Você entende e muito de
artes plásticas, foi perfeito em sua análise... gostei demais, obrigada e
PARABÉNS! Beijinhos. ...
Graça Fontis
#À LUZ DE UMA SÍNTESE DA PINTURA E DO AFORISMO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: ENSAIO
Em verdade, em verdade, nada conheço de pintura. Há
01(hum) ano e quatro meses que decidimos seguir a nossa caminhada artística
juntos, Pintura, Escultura que ilustrariam a minha obra literária-filosófica e
poética. Convivo com ela pintando os seus croquis, mas não conversando sobre
Pintura, aprendendo eu os segredos e mistérios de uma pintura.
Efetivamente, penso e sinto esta síntese de
sensibilidade e os instrumentos, utensílios, objetos que servem à criação,
criatividade, é o melhor conhecimento desta Arte tão esplendorosa, glamorosa
que é PINTURA. Encantei-me.
Assim, de modo sui generis e ipsis verbis sensivel,
fruto do OLHAR(perscrutar, indagar, questionar, perquírir) a Companheira das
Artes, Gracias Fontis pintando, atrevo-me a revelar como OLHO a peça intitulada
por ela CONTINGÊNCIA DO NADA em relação com o aforismo de minha autoria
AUSÊNCIA DE UM AMIGO.
A imagem que se me apresenta do rosto central da
peça de pintura, a fisionomia e semblante revelam-me sensivelmente triste,
desconsolada, angustiada, aparentemente deprimida, desolada, solitária,
re-fletindo, mostrando sobre a Vida/Ek-sistência, um símbolo, quiçá, um signo,
talvez, o sonho e a Esperança. Ao longo de sua reflexão, a consciência
id-ent-ifica-se, o saber de seus caminhos, fracassos, frustrações, medos, a
certeza de que tem a consciência, instantes-limites, seus absurdos, suas fugas
e condutas de má-fé, esta consciência de "novo homem" estar nascendo,
de uma consciência, na obra de minha Companheira das Artes, Graça Fontis,
está-la sentindo no sair de sua mente, a mente, a consciência, é a mãe das
buscas, desejos, vontades, e, assumo a responsabilidade de lhe colocar em mãos,
cumprimentar-lhe, reconhecer-lhe como a PINTORA DA ESPIRITUALIDADE. Mas esta
Espiritualidade só é sentida almaticamente, torna-se com a consciência, quando
enxerga com clarivid-ência o seu pretérito, o seu passado, e dentro disso os
sonhos e esperanças por eventualidades e dificuldades não foram possíveis de
serem realizadas, assumir os erros, os defeitos, as mazelas, as pitis, toda a
condição humana em síntese...
A ARTE DE GRAÇA FONTIS, EM RELAÇÃO A ESTE AFORISMO,
É A VISUALIZAÇÃO DA VERBALIZAÇAÕ, E QUANDO O VERBO REVELA O OLHAR.
E assim vivemos nossa vida em busca de sintetização
entre a obra da artista-plástica, Pintora e Escultora, que elucide a
Espiritualidade. Assim, a realização da obra e do escritor. Concluindo, esta
peça de pintura fora concebida e criada muito antes da relação almática e
espiritual com a minha Graça Fontis.
Da mente, topo da cabeça, vemos primeiro o chapéu,
não se sabe se de pirata, de um artista, de um cigano, os mistérios e enigmas
da peça de pintura a ser sentida mais profundamente, mas de uma jovem sonhador,
idealista, utopistas, mas o que mais atrai a visão é o sorriso, sabe que os
éritos de seu pretérito foram a meditação e reflexão, e com esta com
consciência, com esta espiritualidade, com este espírito, revelam-se-lhe outros
caminhos, outros estilos de pensar, sentir as coisas, linguagens da busca do
encontro com as esperanças, são elas que se abraçam em todos os encontros e
des-encontros, mas as esperanças abrem os braços primeiro, quê abraço e quê
sensibilidade se entregam neste instante. A VIDA/EK-SISTÊNCIA koinonizadas, e é
o silêncio que se mostra primeiro - é só olhar, observar, perquirir, perguntar,
indagar, se um silêncio introspectivo, circunspecto fará as pedras cantarem -
ou se o silêncio é o sibilo dos ventos.
Aí é que entra a relação que garatujo sensívelmente
entre o que é isto - Ser ou não ser? Com efeito, qualquer relação com
Shakespeare, quem criou e produziu esta frase, em INGLÊS, TO BE OR NOT TO BE
(SER OU NÃO SER). Aí se apresenta, identifica-se, mostra-se, revela-se, no
texto aforístico, cuja intenção ipsis litteris e verbis, sobre o prisma,
in-vestigação do que é isto, a HUMANIDADE DO SER, o que penso e sinto a
respeito do que é isto O QUE É ISTO - SER AMIGO? A consciência, sinto-a,
vejo-a, enxergo-a com muita dor e sofrimento. Quem diz este aforísmo
poeticamente, recita-o, declama-o, esquece-se, esquecer-se-á de que tais
palavras são ditas e expressas nas palavras em si mesmas, mas o que se escondem
e refugiam-se delas? Este amigo com estes conhecimentos, sabedorias podem ser
encontrados num tempo confortável; o amigo descrito, narrado está ausente neste
mundo, poesias e poemas em níveis universais não vão trazer de volta o sonho do
Amigo Verdadeiro, só a verdade do vivido e vivenciado pode trazer este amigo,
faz-se éleos(compaixão) na esperança de novas possibilidades de superar e
suprimir as contingências, dores, angústias em cada canto e re-canto do
estar-no-mundo, em cada canto, sussurro, murmúrio, as partidas para o Amigo de
Verdade, a Verdade do Amigo, mesmo sendo eu único a sonhar este sonho, esta
saudade, cigarro, luz acesa.
Sigo em busca dos sonhos de Amizade sincera,
trans-lúdica, trans-parente, em relação com os quem convivo, troco figurinhas.
A compaixão é saber que o homem são AUSÊNCIAS, FALTAS, FALHAS, mas quer sentir
a floresta quer chorar, quer sentir a emoção, sentimento de NOVO TEMPO, NOVO
HOMEM, NOVA HUMANIDADE.
(**RIO DE JANEIRO**, 05 DE DEZEMBRO DE 2017)
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