#AFORISMO 441/VERBOS - LUZ DE AMAR E SONHAR# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto


Amar de ser sublime a luz que rega
De metáforas desejos e esperanças do ser
Quimeras e sorrelfas do eterno não-ser,
Fantasias e imaginações do não-ser eterno;
Amar de serem divinos os raios de sol que numinam
De linguísticas vontades e utopias da sabedoria,
De estéticos prazeres e gozos do intelecto;
Amar de ser mágica a cintilância das estrelas que
Velam as ondas do mar banhando a praia deserta;
Amar de ser ...


Sentir de desejar êxtase a emoção que semeia
De carícias, ternuras, carinhos, entregas
Os interstícios da alma, útero de outros sonhos;
Sentir de aspirar volúpia o sentimento que rega
O novo amor que nasceu luz, som e palavras
O novo amor que re-nasceu inspirações, intuições, percepções
De re-fazendas do verbo, do ser;
Sentir de ser o clímax do belo no conúbio com a
Estesia linguística da beleza,
Beleza da linguística estética;


Con-templar de sonhar plen-itudes a utopia que alimenta
De travessias, nonadas, vedas
Os abismos do amor que não reflete
Mistérios na superfície lisa do espelho,
Enigmas na imagem trans-diáfana do eterno,
Inauditos na perspectiva trans-cristalina do efêmero,
As grutas da sabedoria que não refletem
Sagas nas poeiras metafísicas das estradas desérticas.
Sinas nos campos de flores silvestres,
Destino nos vales, cujos rios de águas cristalinas mostram
Nas profundezas as pedrinhas brilhando aos raios numinosos do sol
Que mergulham solenes ;


A-lumbrar de miríades do além outros verbos,
Refazenda de temas e temáticas do amor-para-o-ser,
Re-encontro ad-verso de re-versos toques
Na carne carente de sensações, arrepios,
À mercê do ego carente de quimeras trans-lúdicas...


O sublime verbaliza a luz das metáforas,
Concebendo a inocência pura do ser-para-o-amor;
Desejos e esperanças sublimam o ser de sensibilidade,
Subjetividade para o silvestre-de-plenas-entregas;
O sonhar extasia de ternuras, carícias
Os vedas de além-outros-verbos, de amar o amor que se doa;
A felicidade tem cheiro de orquídeas brancas,
A alegria exala o perfume do alvorecer no orvalho
Sobre as folhas verdes das árvores,
Cujas raízes são o húmus do uni-verso-ocaso-de-luzes-e-verbos;
A esperança embeleza os versos ipsis-litteris, poema do absoluto
Ser-amando ama o amor sob a luz do amar-verbo-para-as-estrelas
Que cintilam de raios do ser
O perpétuo de todas as essências...
O perene de todos os eidos...
O imortal de todos os núcleos...


(**RIO DE JANEIRO**, 06 DE DEZEMBRO DE 2017)


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