#À LUZ DE UMA SÍNTESE DA PINTURA E DO AFORISMO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: ENSAIO


Em verdade, em verdade, nada conheço de pintura. Há 01(hum) ano e quatro meses que decidimos seguir a nossa caminhada artística juntos, Pintura, Escultura que ilustrariam a minha obra literária-filosófica e poética. Convivo com ela pintando os seus croquis, mas não conversando sobre Pintura, aprendendo eu os segredos e mistérios de uma pintura. Efetivamente, penso e sinto esta síntese de sensibilidade e os instrumentos, utensílios, objetos que servem à criação, criatividade, é o melhor conhecimento desta Arte tão esplendorosa, glamorosa que é PINTURA. Encantei-me.
Assim, de modo sui generis e ipsis verbis sensivel, fruto do OLHAR(perscrutar, indagar, questionar, perquírir) a Companheira das Artes, Gracias Fontis pintando, atrevo-me a revelar como OLHO a peça intitulada por ela CONTINGÊNCIA DO NADA em relação com o aforismo de minha autoria AUSÊNCIA DE UM AMIGO.
A imagem que se me apresenta do rosto central da peça de pintura, a fisionomia e semblante revelam-me sensivelmente triste, desconsolada, angustiada, aparentemente deprimida, desolada, solitária, re-fletindo, mostrando sobre a Vida/Ek-sistência, um símbolo, quiçá, um signo, talvez, o sonho e a Esperança. Ao longo de sua reflexão, a consciência id-ent-ifica-se, o saber de seus caminhos, fracassos, frustrações, medos, a certeza de que tem a consciência, instantes-limites, seus absurdos, suas fugas e condutas de má-fé, esta consciência de "novo homem" estar nascendo, de uma consciência, na obra de minha Companheira das Artes, Graça Fontis, está-la sentindo no sair de sua mente, a mente, a consciência, é a mãe das buscas, desejos, vontades, e, assumo a responsabilidade de lhe colocar em mãos, cumprimentar-lhe, reconhecer-lhe como a PINTORA DA ESPIRITUALIDADE. Mas esta Espiritualidade só é sentida almaticamente, torna-se com a consciência, quando enxerga com clarivid-ência o seu pretérito, o seu passado, e dentro disso os sonhos e esperanças por eventualidades e dificuldades não foram possíveis de serem realizadas, assumir os erros, os defeitos, as mazelas, os pitis, toda a condição humana em síntese...
A ARTE DE GRAÇA FONTIS, EM RELAÇÃO A ESTE AFORISMO, É A VISUALIZAÇÃO DA VERBALIZAÇAÕ, E QUANDO O VERBO REVELA O OLHAR.
E assim vivemos nossa vida em busca de sintetização entre a obra da artista-plástica, Pintora e Escultora, que elucide a Espiritualidade. Assim, a realização da obra e do escritor. Concluindo, esta peça de pintura fora concebida e criada muito antes da relação almática e espiritual com a minha Graça Fontis.
Da mente, topo da cabeça, vemos primeiro o chapéu, não se sabe se de pirata, de um artista, de um cigano, os mistérios e enigmas da peça de pintura a ser sentida mais profundamente, mas de uma jovem sonhador, idealista, utopistas, mas o que mais atrai a visão é o sorriso, sabe que os éritos de seu pretérito foram a meditação e reflexão, e com esta com consciência, com esta espiritualidade, com este espírito, revelam-se-lhe outros caminhos, outros estilos de pensar, sentir as coisas, linguagens da busca do encontro com as esperanças, são elas que se abraçam em todos os encontros e des-encontros, mas as esperanças abrem os braços primeiro, quê abraço e quê sensibilidade se entregam neste instante. A VIDA/EK-SISTÊNCIA koinonizadas, e é o silêncio que se mostra primeiro - é só olhar, observar, perquirir, perguntar, indagar, se um silêncio introspectivo, circunspecto fará as pedras cantarem - ou se o silêncio é o sibilo dos ventos.
Aí é que entra a relação que garatujo sensívelmente entre o que é isto - Ser ou não ser? Com efeito, qualquer relação com Shakespeare, quem criou e produziu esta frase, em INGLÊS, TO BE OR NOT TO BE (SER OU NÃO SER). Aí se apresenta, identifica-se, mostra-se, revela-se, no texto aforístico, cuja intenção ipsis litteris e verbis, sobre o prisma, in-vestigação do que é isto, a HUMANIDADE DO SER, o que penso e sinto a respeito do que é isto O QUE É ISTO - SER AMIGO? A consciência, sinto-a, vejo-a, enxergo-a com muita dor e sofrimento. Quem diz este aforísmo poeticamente, recita-o, declama-o, esquece-se, esquecer-se-á de que tais palavras são ditas e expressas nas palavras em si mesmas, mas o que se escondem e refugiam-se delas? Este amigo com estes conhecimentos, sabedorias podem ser encontrados num tempo confortável; o amigo descrito, narrado está ausente neste mundo, poesias e poemas em níveis universais não vão trazer de volta o sonho do Amigo Verdadeiro, só a verdade do vivido e vivenciado pode trazer este amigo, faz-se éleos(compaixão) na esperança de novas possibilidades de superar e suprimir as contingências, dores, angústias em cada canto e re-canto do estar-no-mundo, em cada canto, sussurro, murmúrio, as partidas para o Amigo de Verdade, a Verdade do Amigo, mesmo sendo eu único a sonhar este sonho, esta saudade, cigarro, luz acesa.
Sigo em busca dos sonhos de Amizade sincera, trans-lúdica, trans-parente, em relação com os quem convivo, troco figurinhas. A compaixão é saber que o homem são AUSÊNCIAS, FALTAS, FALHAS, mas quer sentir a floresta quer chorar, quer sentir a emoção, sentimento de NOVO TEMPO, NOVO HOMEM, NOVA HUMANIDADE.


(**RIO DE JANEIRO**, 05 DE DEZEMBRO DE 2017)


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