**IDÍLIOS ILUMINANDO ÊXTASES - IN "PARTITURAS DO ESPÍRITO" - 01 DE MARÇO DE 2017** - PINTURA: Graça Fontis/POEMA: Manoel Ferreira Neto


O meu "ser"
Cont-empla o arco-íris que colore o céu
Cor da vida, cor do amor, cor do desejo,
Cor do sonho, cor da esperança, cor da fé,
cor da cor cor,
cor do eterno, absoluto
Mergulha profundo no horizonte de outros
Idílios iluminando os êxtases,
Volúpias brilhando de glórias,
Fantasias tecendo de alegrias
o vir-a-ser do Verbo Amar
Realidades simples a-nunciando
a verdade que frutifica a árvore,
cujas perspectiva e expectativa.
con-ciliadas, com-ungadas
aderidas,
são alimentar e saciar os desejos
Quimeras que regam de águas divinas
os mistérios, enigmas
do tempo e busca do Ser.
Sente no uni-verso de suas buscas e querências
a pó-ética do Amor que ilumina os Verbos,
quando no mundo fenece o silvestre do espírito,
a essência da Verdade que eleva a alma
aos auspícios da montanha onde o rio corre,
per-corre, in-corre, re-fazendo sendas, criando
veredas, rumo ao infinito do mar,
ao "eidos" do Absoluto que evangeliza,
espiritualiza de seren-itude as etern-itudes
seren-iza de con-tingências re-colhidas e a-colhidas
nas sagas, sinas
do clímax divino, da divin-idade do gozo
Verbaliza a musicalidade do cântico dos cânticos.
a melodia das canções folclóricas
da natureza em harmonia com
a beleza mágica da vida
dos mitos
o ritmo das líricas românticas que recitam
o verbo-de-amar com os sentimentos
lúdicos do pleno e do eterno,
o verbo-de-entregar com as emoções
da vida presente
Re-fazendo de sendas o horizonte das esperanças,
de atalhos o infinito da fé no há-de vir,
de trilhas os confins do desejo de presença
das pontes partidas o além a ser alcançado
da solidariedade, compaixão, amizade
dos baldios bosques da a-nunciação,
Re-nascendo de cinzas o éden de flores e lilases
na estética dos poetas sonhadores,
na beleza das letras que compõem de
linhas, entre-linhas e além-linhas
o outro da alma sedenta de lirismo
o "eu" da intimidade desejando
o subjetivismo da posteridade,
Criando de utopias a ética do amor em harmonia,
sin-cronia, sin-tonia com a rosa azul
com que os boêmios declamam a etern-itude
des-abrochando no peito dos homens
a espiritualidade da entrega ao
Verbo-[às]-Esperanças da Vida Eterna,
In-vestigando de destinos a estética dos sentimentos
em comunhão com a bengala de cabo
de prata,
com que os sendeiros, andarilhos
vagabundos,viajantes
de-clamam a sabedoria, na velhice,
des-novelando
na alma o coração dos mistérios
enigmas das cinzas, do além,
Estesias da psicanálise do inferno,
terapia da morte,
Gritos-{aos)-outroras do éden maculado...




(**RIO DE JANEIRO**, 07 DE MARÇO DE 2017)


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