COMENTÁRIO DA MINHA SECRETÁRIA, ESCRITORA E POETISA ANA JÚLIA MACHADO AO TEXTO /**PERCALÇOS**//


PERCALÇOS
Manoel Ferreira Neto.

Sensaboria na existência quem não os há? Mas para um descomunal escritor esses são uma constrição…..Sempre em exploração do fundamento das nonadas da vida…A valia da retórica no ser e nas locuções
Mas é com termos, que incessantemente exortará metamorfosear a exegese de Universo, e instituirá a todos a fidedigna acepção de querença, não obstante, sim estima seres, e mais seres para poder expirar com essa erradamente tese que ainda persiste
Lhaneza, a eficácia da insigne preclaridade
Alguns não avaliza nela mas ela
É o arcano de você exultar na existência
Ela não frui ser superada por qualquer outra mesmice, pois
Ela é o superior legado de todos.
Não desfrua receio,
Supõe que é um vitorioso,
Interiormente do seu coração tem algo,
Que nem mesmo você percebe, nele
Você goza convicção e conquistará tudo, ou sensivelmente tudo,
Porque o “tudo” é inexequível
O receio, que perdura no Universo extrínseco não o conquista
Lesar, pois o desígnio de todos
Está esboçado nem que não ambicionem anuir
Mas o uno que o alcança permutar é você
Um dia a gente instruí que habitar
Não é ininterruptamente sojornar de garras facilitadas com a felícia.
Possuir incessantemente um gracejar no semblante,
Não é ser o ser mais galhofeiro do Universo, mas sim o mais possante.
Contender com o tempo porque não detém de lacrimejar é insciência,
Porque a pluviosidade é uma dádiva da essência
Logo como os dias com astro-rei.
O gelado excede, o ardor desabrocha.
O mundo é incensurável,
Só é anormal para aqueles que credenciam no império.
Haver a magnificência não é objeto de ser dominador, mas sim cobarde,
Por só poder ser atendido e não percebido.
Gozar poderio para ter a primeira e a derradeira sentença
Sem previamente escutar julgamentos e enaltecimentos é uma complementa insciência.
Um dia,
Depois de muitos anos,
Você depara a causa,
E compreende que instantes de exultação foram consumidos,
Por um intelecto que afiançava uma fortuita justeza.
Um dia você descortina que a intelecção
Cotovelou seus presságios e extirpou sua causa,
Imergiu suas sensações numa enormidade denotada quimera.
Um dia a borrasca excede,
E você concebe que tudo na existência tem sua utilidade.
Mesmo todos os percalços que se atravessam connosco,
Mesmo que simulem ser nonadas
Mas que hão um fundamento
E melhor do que ninguém descortina que a valia da felícia é erudição do que é viver,
Quimeras e anelos de um ser...
Quando desditosos são rosas laceradas, corações dissociados, sensações incógnitas...
Quando bem-sucedidos são corações enclausurados pelo amor, são gomos de rosas provindos do resplendor, são comoções bem abraçadas...
E por mais que não alcance uma propícia novidade diariamente, há fundamentos de remanescentes para existir gracejando.
Enormes instantes estão em localizações incomuns em locais inabituais e ápices indecifráveis.
Os percalços existem…quando fragilizados temos dificuldade em os arrostar, quando possantes dominamos…É a vida…por vezes rosas outras acúleos…..



Ana Júlia Machado



**PERCALÇOS**



Percalços... Nonadas. Travessias. Vazio. Nada. Horizonte. Uni-verso. Abismos de pretéritos. Montanhas de vir-a-ser. Subjuntivas pontes partidas.
Sinto-me hoje cansado como se houvesse andado léguas e léguas. Tive de parar algumas vezes na rua para o devido descanso, poder seguir o itinerário até o meu destino. Isto sem dizer que o suor escorria no rosto. Quando a cabeça não pensa, o corpo padece.
Percalços... Infinito. Além. Aquém. Confins, arribas. Distância. Gerúndio de floresta silvestre. Flores que exalam perfume. Letras apagadas, ciências ocultas. Palavras omissas, esperanças olvidadas. Interdita serpente do sentido, veneno morrisca a alma dos sonhos re-vestidos pensâncias, versemorre a essência da vida, então o paradisíaco do vernáculo erudito dos desejos efemerizados flanam no éter dissolvido na liberdade do tempo, o celestial da perfeição clássica garatuja sonos linguísticos antes de quaisquer notas musicais, líricas, melodias, ritmos, só imaginando a vida viva antes da vida que é continuidade no tempo, que é sublimidade a preceder a origem da esperança do ser, origem que nasce na liturgia do nada seduzindo o efêmero, ludi-versejando o imperativo do absoluto com as re-versas luzes fosforescentes do des-vazio sudarizado de nadas-etéreos, mas a verdade do amor pleni-versifica a luz do verbo que se encarna eidos da poesia do além-espírito, águia que abre as asas frente ao inolvidável das fantasias da perfeição e voa o voado dos instantes nas linhas inscriptas de horizontes de outras nuanças e perspectivas do inaudito.
Aforismo às idéias conciliadas às éresis da esperança do estilo e esplendorosas idéias. O sonho do verbo é a sensibilidade da linguagem, prescripta erudição da trans-cendência, contingência inquieta com o efêmero dos êxtases. Inquietante a angústia com a imperfeição, ziguezague de contradições.



Manoel Ferreira Neto.
(08 de abril de 2016)


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