COMENTÁRIO DA AMIGA ESCRITORA E POETISA MARIA FERNANDES AO POEMA /**CLARIDADE CELESTIAL**/


CLARIDADE CELESTIAL
Ana Júlia Machado e Manoel Ferreira Neto.



Simplesmente divino ! Adorei porque são dois escritores dilectos do meu coração e este poema reflete a amizade verdadeira que não perece é imortal. A linguagem é uma osmose dos dois escritores. Parabéns. Beijinhos aos dois. Manoel Ferreira Neto e Ana Júlia Machado.



Maria Fernandes.



As contingências separaram-nos Ana Júlia Machado e eu, mas a nossa amizade é eterna. Ser-lhe-ei sempre grato por seus comentários e críticas que me ajudaram sobremodo na jornada das letras. Este poema foi a última obra nossa juntos. Há um ano nos separamos.



Manoel Ferreira Neto.



**CLARIDADE CELESTIAL**
Ana Júlia Machado e Manoel Ferreira



Sempre em frente
Não deixe a sua asseveração entre as obscuridades do Universo.
Ainda que os seus plintos permaneçam gotejando, sempre
Em frente, elevando-se por claridade celestial, arriba
De si próprio. Credencie na querença celestial.



Se hoje vislumbro as nuvens brancas, sentindo os gerúndios de pretéritos que foram luzes a incidirem nos hoirzontes das esperanças do belo e eterno, amanhã recostado na amurada da ponte de um córrego, olho as águas turvas passando, pensando no particípio infinitivo de desejos do perene.



Encoraje-se no satisfatoriamente e aguarde com resignação.
Tudo excede e tudo se recapitula na terra,
Mas o que surge do páramo ficará.
De todos os descontentes os mais desventurados
São os que esbanjaram a fidúcia em Todo-Poderoso e
Em si próprio, porque o superior desaire é
Padecer a carência da confiança e continuar existindo.



Se hoje proseio livre causos folclóricos, re-velando com simplicidade o hilário da sociedade, mostrando as hipocrisias, amanhã emudeço a prosa, recosto-me no parapeito da janela no alvorecer, deixando os olhos distantes, no íntimo sentimentos de ilusões do eterno, tudo é passageiro.



Erga, pois, o seu observar e jornadeie.
Peleja e beneficie. Instrua e antecipe-se.
Fulgure a antemanhã além da escuridão.



Se hoje ouço músicas, deixando-me voado ao ritmo e acordes, melodia e musicalidade, fantasiando as dialéticas do som e do inaudito, na alma emoções tecendo os sonhos da estesia da verdade, amanhã debulho as contas do terço, rogando a plen-itude do silêncio, quando a música das sorrelfas esplende o sentido da vida eterna.



Presentemente, é provável que a procela o amachuque
O coração mortifique o quimérico, espicaçando-se
Com o padecimento ou apavorando-se com o fenecimento...
Não se olvide, contudo, de que devir será
Distinto dia
O trilho achasse à sua espera, pé na via, instale uma quimera na alma,
Crença no coração e expectativa na mochila, a existência se atufa de originalidades
Para os que se arriscam na jornada que orienta a verídica independência.



Se hoje desenho um barquinho na superfície das águas no rio, deixando-lhe distanciar-se, amanhã na alma a felicidade da inspiração criando o trajeto para o absoluto da fantasia.



Manoel Ferreira Neto.
(06 de abril de 2016)


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